Prof. Dr. A. A. Bispo, Dr. H. Hülskath (editores) e curadoria
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N° 73 (2001: 5)
Brasil 2001 ZUR ERÖFFNUNG EURO-BRASILIANISCHER ARBEITEN IM 21. JAHRHUNDERT 9.-11. Februar 2001
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Antonio Alexandre Bispo
Brasilien und Barock überraschen und faszinieren mit ihren vielfältigen Bezügen und Affinitäten. Die Denkmäler der kolonialen Vergangenheit bezeugen die Kraft des Barocks in diesem Land und die barocke Formung seiner Kultur. Viel mehr jedoch als nur Kunstausdruck einer historischen Epoche verweist der Barock auf die psychischen Grundlagen der Nation. Wenn sogar der Begriff selbst der portugiesischen Sprache entstammen soll, in der er eine Perle bezeichnet, die mit unregelmäßigen Formen aus der Muschel entsteht, so ist nachvollziehbar, dass er die Seele eines Landes gut zu charakterisieren vermag, dessen geistige Formung im Verlaufe der portugiesischen Expansion im Zeichen des Katholizismus zur Zeit der Gegenreformation erfolgte.
Es ist jedoch nicht einfach, psychische Phänomene eines Volkes und dessen geistige Zustände in den verschiedenen Epochen und Regionen zu verstehen und zu erfassen. Hierbei erscheint die Musik als ein privilegierter Weg zur Wahrnehmung, zum Verständnis und zum Ausdruck von Ungreifbarem. Bezeichnenderweise erhielt der musikalische Barock eine außerordentliche Bedeutung bei den Überlegungen, Diskussionen und Studien über die Kultur des Landes. Die Aufmerksamkeit richtete sich vor allem auf die musikalischen Zeugnisse der Blütezeit von Minas Gerais, die seit den 30er Jahren des 20. Jahrhunderts aufgedeckt wurden. Da sie jedoch vor allem eine vor-klassische Musiksprache verkörpern, ist die Bezeichnung "Barock hier eher Ausdruck der eigenen Sehnsüchte der Zeit dieser Wiederauffindung, die durch eine bemerkenswerte Rezeption der Bach-Bewegung in Europa und der Wiederentdeckung der alten Musik gekennzeichnet war.
Alles in Brasilien schien in der Tat eine besondere Vorbestimmung des Landes und seiner Menschen für das Universelle des Barocks nahezulegen: die fast polyphone Fülle der Natur, die strukturierte Dramatik der Ausdrucksformen der Volkskultur, die zugleich sinnlich und vergeistigt ist, die Motorik und das Rethorische der melodischen Linien beim Improvisieren der Volksmusiker. Welches Land kann wie nun Brasilien von sich behaupten, dass sein größter Komponist - Heitor Villa-Lobos - "Bachianas- geschaffen hat? Ahnungen und Visionen, wenn auch vage, werden hier zu Realitäten, schaffen Fakten, die noch einmal deutlich bezeugen, wie notwendig es ist, sich immer wieder mit dem Phänomen des Barocks auseinanderzusetzen und es umzuinterpretieren. In dieser Absicht versucht ALMA BARROCA nun zu Beginn des 21. Jahrhunderts, Grenzen und Stile überwindend Zustände von Geist und Seele aufzuspüren und klanglich zu gestalten
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O Brasil e o Barroco, nas suas múltiplas relações e afinidades, supreendem e fascinam. Os monumentos do passado colonial testemunham a magnitude do Barroco no país e a formação barroca de sua cultura. Muito mais do que mera expressão artística de uma fase histórica, o Barroco diz respeito aos fundamentos psíquicos da nação. Se o próprio termo procede da língua portuguesa, onde designa uma pérola que nasce com formas irregulares na concha, não poderia deixar de bem caracterizar a alma de um país que teve a sua formação espiritual no contexto da expansão portuguesa, sob o signo do Catolicismo da Contra-Reforma.
Não é fácil, porém, compreender e apreender fenômenos psíquicos de um povo e os seus estados de espírito nas diversas épocas e regiões. Aqui, a música surge como caminho privilegiado de percepção, compreensão e expressão do imaterial. Significativamente, o Barroco Musical adquiriu extraordinária relevância nas reflexões, discussões e estudos culturais do país. As atenções se dirigem sobretudo aos documentos musicais da era do Ouro em Minas Gerais, revelados a partir dos anos 30 do século XX. Representativos, porém, antes de uma linguagem musical pré-clássica, serviram a uma compreensão do "Barroco que foi muito mais expressão dos próprios anseios da época, caracterizada pela recepção singular do "Movimento Bach e de redescobrimento da "Música Antiga na Europa.
Tudo no Brasil parecia sugerir a vocação especial do país e de sua gente a esse universalismo barroco: a pujança quase que polifônica de sua natureza, a dramaticidade estruturada de suas expressões culturais, ao mesmo tempo sensuais e espirituais, o motor contínuo e a retórica das linhas melódicas das improvisações populares. De fato: qual é a nação que agora pode dizer, como o Brasil, que o seu maior compositor, Heitor Villa-Lobos, tenha criado "Bachianas? Pressentimentos e imagens, ainda que vagas, tornam-se aqui realidade, criam fatos que demonstram mais uma vez a necessidade de contínuas re-interpretações do fenômeno Barroco. É nessa predisposição que a ALMA BARROCA procura, já no início do século XXI, superando fronteiras e estilos, inquerir e recriar estados de espírito e de alma.