Prof. Dr. A. A. Bispo, Dr. H. Hülskath (editores) e curadoria científica
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N° 65 (2000: 3)


 

Congresso Internacional Brasil-Europa 500 Anos
Internationaler Kongreß Brasil-Europa 500 Jahre

MÚSICA E VISÕES
MUSIK UND VISIONEN

Colonia, 3 a 7 de setembro de 1999
Köln, 3. bis 7. September 1999

Sob o patrocínio da Embaixada da República Federativa do Brasil
Unter der Schirmherrschaft der Botschaft der Föderativen Republik Brasilien

Akademie Brasil-Europa
ISMPS/IBEM

Pres. Dr. A. A. Bispo- Dir. Dr. H. Hülskath

em cooperação com/in Zusammenarbeit mit:

Deutsche Welle
Musikwissenschaftliches Institut der Universität zu Köln
Institut für hymnologische und musikethnologische Studien

 

A MúSICA NA DOCUMENTAÇÃO HISTÓRICA PORTUGUESA RESPEITANTE AO BRASIL:
ALGUNS ELEMENTOS

Dr. Ana Balmori
Centro de Estudos Gil Eanes/Comissão Municipal dos Descobrimentos de Lagos

 

MUSIK IN DEN PORTUGIESISCHEN DOKUMENTEN ZU BRASILIEN

Die Präsidentin der Kommission für Entdeckungen der Stadt Lagos (Algarve) faßt zum Anlaß des Kongresses dankenswerterweise musikhistorisch relevante Daten aus den historischen Quellen zusammen, die in der Publikation "Grundlagen christlicher Musikkultur in der außereuropäischen Welt der Neuzeit: der Raum des früheren portugiesischen Patronatsrechtes" (Musices Aptatio 1987/88) sowie in Arbeiten des I.S.M.P.S. e.V. seit Jahrzehnten untersucht wurden. Ausgehend vom Brief des Pero Vaz de Caminha (1500) erinnert sie vor allem an die bereits viel beachteten Hinweise aus Briefen der Jesuiten. Dadurch versucht sie, erneut ins Gedächtnis der Kongreßteilnehmer zu rufen, welche bedeutende Rolle die Musik bei der Missionierung der Indianer Brasiliens spielte. Sie faßte auch die Brasilien betreffenden Eintragungen in den veröffentlichten Katalogen der Biblioteca da Ajuda zusammen, die sie bei ihrem Besuch der Bibliothek des I.S.M.P.S. in Köln studiert hatte. Von besonderer Bedeutung in ihrem Beitrag sind die Hinweise auf die Quellen der Öffentlichen Bibliothek von Évora, die von Cónego José Augusto Alegria geordnet wurden.

 

A primeira Fonte portuguesa referente ao Brasil é a célebre Carta de Pero Vaz de Caminha, enviada a D. Manuel em 1 de Maio de 1500, a qual contem as novas da chegada a terras de Vera Cruz. Nesse documento encontramos alguns elementos musicais. Assim Nicolao Coelho levava cascaves e manilhas que distribuía pelos que encontrava. Refere o seguinte:

(…) Levava Nicolaao Coelho cascavees e manjlhas, e huuns dava alguua coussa, e a outros huua manjlha, de maneira que com aquela emcarna casy nos queriam dar a mão(…)

Mais à frente na mesma Carta nos é relatada a celebração da primeira Missa no novo território, que, segundo parece, foi cantada. Diz o seguinte:

(…) Mandou naquele ilheeo armar huum esperavel, e dentro neele alevantar altar muy bem coregido; e aly com todos nos outros fez dizer misa, a qual dise o padre frei Amrique em voz entoada, e oficiada com aquela mesma voz pelos outros padres (…) Emquanto estevemos aa misa e aa pregaçom seriam na praya outra tanta jente pouco mais ou menos como os d omtem com seus arcos e seetas, os quaaes amdavam folgados e olhando nos; e asentaran se; e, despois d acabada a misa, aseentados nos aa pregaçom, alevantaran se mujtos d elles, e tanjeram corno ou vozina, e começaram a saltar e dançar huum pedaço (…)

Continuando mais à frente no seu relato indica que levavam nas naus, entre outros, trombetas e gaitas. Acrescenta o seguinte:

(…) Com isto se volveo Bertolameu Dias ao capitam, e veemo nos aas naaos a comer, tanjendo tronbetas e gaitas, sem lhe dar mais apresam;

(…) Pasou se emtam aalem do rrio Diogo Dias, almoxarife que foy de Sacavem, que he homem graçioso e de prazer, e levou comsigo huum gayteiro noso com sua gaita, e meteo se com ele muy bem ao soom da gaita. Despois de dançarem fez lhe aly amdando no chaão muitas voltas ligeiras e salto real, de que se elees espantavam, e riam e folgavam mujto; (…)

Trata-se sem dívida de um documento de grande importância para a História do Brasil, o qual já tem sido estudado por numerosos investigadores, cada um dentro da perspectiva da sua área específica.

Para além da Carta de Pero Vaz de Caminha, numerosos são os documentos que contêm referências a elementos musicais. Sem pretender enumerar todos, farei alusão, em primeiro lugar, aos que considero mais relevantes para a música na primeira fase. Refiro-me concretamente as fontes epistolares dos Jesuítas constantes dos Monumenta Brasiliae.

Apesar de neste continente os Jesuítas não terem sido os primeiros como no Japão, pois na verdade foram os franciscanos, nem tão pouco os inventores de um sistema como na China, a sua acção no Brasil começou em 1549 com os trabalhos do Padre Manuel da Nóbrega e seus companheiros. Constituíram a primeira Igreja e Casa na Baia, estudaram a língua dos indígenas, e empreenderam uma notável obra de catequese. Mais tarde o Pe. Leonardo Nunes e o Pe. Diogo Jácome iriam para S.Vicente, permanecendo os Pes. António Pires e João Aspilcueta Navarro na Baia, e o Pe. Nóbrega em Porto Seguro.

Cedo se salientou a acção do Colégio de S.Vicente. Prova disto são as fontes epistolares recolhidas nos Documenta Brasiliae. Rezam nestes termos:

(…) O Padre Leonardo Nunes foi com Nóbrega em 1549 que nesse mesmo ano o enviou para São Vicente, onde fundou o Colégio da vila, constituindo-se deste modo o fundador da instrução no actual Estado de são Paulo. Foi o primeiro Jesuíta que esteve no campo de Pirantininga sempre incansável e zeloso. Era cantor e músico., e homem de confiança de Nóbrega, que o mandou dar conta das coisas do Brasil a Lisboa e Roma, naufragando na viagem a 30 de Junho de 1554, "cuja trágica morte foi universalmente sentida". Deixou quatro cartas de 1550, 1551 e 1552, todas dentro do período do presente volume

Nóbrega foi primeiro missionário do Brasil, que com música e harmonia de vozes se atrevia a trazer a si todos os gentios da América. A Música entrou como disciplina escolar nos seminários, em particular no de Belém da Cachoeira (Baia). Aparece com instrumentos nas aldeias e fazendas sendo três as modalidades canto, instrumentos e órgãos nas igrejas dos colégios e até nas de algumas fazendas maiores. À Musica e ao canto juntaram-se danças infantis. Fora do estudo, os meninos órfãos, na sua convivência e folguedos com os meninos brasis, também dançavam.

Em 1553 a Missão do Brasil foi separada de Portugal, constituindo assim uma Província independente, dirigida pelos Pes. Manuel da Nóbrega e Luís da Graã. Nesse mesmo ano de 1553 chega ao Brasil o Pe. José de Anchieta, autor de uma admirável obra de catequese. Pouco a pouco são criados Casas e Seminários onde se instruíam crianças indígenas, e constituídos núcleos de adultos que se chamaram "reduções". Em 1554 é fundado o Colégio de S. Paulo, origem da futura cidade. O Padre Anchieta, depois da morte de Nóbrega, é nomeado Provincial em 1578. Foi ele que escreveu a primeira gramática da língua tupi-guarani, impressa em 1595.

A vida no Brasil para os Padres da Companhia de Jesus não foi nada fácil. Disto são prova algumas das cartas por eles escritas para Portugal:

De tal manera que fui a visitar una Aldea de las que enseño (en donde otra vez mataron miniño que yo escribi), y entrando en la 2ª casa allé una panela a manera de tinaja, en la qual tenian carne humana cociendo, y al tiempo que yo llegué echaban braços, pies y cabeças de honbres, que era cosa espantosa de ver. Vi seis o siete viejas que apenas podian tener en pie dançando por el rededor da panella y atizando la oguera,que parecian demonios en el infierno.

Noutra carta ainda podemos ler o seguinte, com uma curiosa referência a flautas:

(…) em as espaldas levavão hum braçado de penas que parecia coma de cavalo, e por alegrar a festa tangião humas frautas que tem feitas das canellas dos contrarios pera quando os hão de matar. Com estes trajos andavão ladrando como cães e contrafazendo a fala com tantos momos que não sey a que os possa comparar; todas estas invenões fazem sete ou oito dias antes de os matar.

Também no Brasil levantaram-se problemas no que se refere ao cumprimento das Constituições da Companhia de Jesus. Quanto à Música, esta é afastada na parte sexta das Constituições quando se fala das Horas Canónicas, Missas e Ofícios:

Sendo tão importantes as ocupações que assumimos para auxiliar as almas, tão numerosas e tão próprias do nosso Instituto, e sendo, por outro lado, a nossa residência tão instável, ora neste, ora naquele lugar, os Nossos não recitarão as Horas Canónicas em coro, nem cantarão Missas ou Oficios.Quem tiver devoção de ouvir estes Oficios, não lhe faltarão lugares para satisfazer estes desejos. Quanto aos Nossos, vale mais consagrarem-se ao que é mais próprio da nossa vocação, para a glória de Deus Nosso Senhor.

Mais à frente, a directiva é reforçada do seguinte modo:

Nas tardes em que deve haver sermão ou lição sacra, se nalgumas casas ou colégios se entendesse ser conveniente recitar somente vésperas para entreter o povo antes da pregação ou lição sacra, poder-se-à fazer assim.. O mesmo se fará como regra geral nos domingos e dias de festa, sem polifonia ou cantochão, mas num tom devoto, agradável e simples. E isto faça-se para levar o povo a frequentar mais as confissões, sermões e lições sacras, e só na medida em que se julgar meio para esse fim. O mesmo tom se poderá usar nas cerimónias da Semana Santa o oficio de trevas.

Esta sexta parte das Constituições irá limitar, algumas vezes, a utilização da música na evangelização. No entanto, as Constituições serão adaptadas e interpretadas de acordo com as circunstâncias concretas em cada momento e em cada uma das terras onde foram fundados colégios e escolas da Companhia de Jesus. Por outro lado, esta proibição da música poderá explicar a não existência de formação específica musical no curriculum dos Jesuítas.

Numa carta contida nos Monumenta Brasiliae 15 de Julho de 1568, é relatada a Visita da Província do Brasil pelo Pe. Inácio de Azevedo. Parece pelo seu conteúdo que as Constituições são inteiramente respeitadas. Pode ler-se o seguinte:

As escolas de ler e escrever, que estão introduzidas em as cazas das Capitanias se podem continuar, não se insinando canto nem latim etc, e procure-sse emquanto puderem aproveitar bem os moços assi no ler e escrever como nos costumes christãos, e não os castiguem os nossos por sua mão, como (se) fez na 4ª parte das Constituições, mas busque-sse algum bom modo pera isso; e, de novo, não se comecem a insinar em parte nenhuma, sem especial licença do Provincial.

Acerca de cantar missa e outros officios divinos e processiões etc., em as partes onde há curas e vigarios, que o fazem em sua Igreja, os nossos guardem as Constituições, procurando ajudar as almas com as confissões.

Depois das Constituições, conhecidas no Brasil em 1556, os meninos não podiam coabitar com os padres. Assim nasceram os externatos para os filhos dos moradores, habitando os alunos fora do colégio com os pais ou outros por conta dos mesmos pais. Só no fim do séc. XVII, o Pe. Alexandre de Gusmão iniciou o movimento de internatos propriamente ditos, fundando o Seminário de Belém da Cachoeira, no distrito da Baía, que teve sequência continua e desafogada. Não gozaram de igual prosperidade outros pequenos seminários organizados no Norte no séc. XVIII. Nestes diversos seminários, os estudos não iam além das primeiras letras e do Latim, Canto e Música, uma repetição do Colégio do Menino Jesus de S.Vicente (1553), agora em ponto maior.

Pediram-se a Portugal flautas, gaitas, nêsperas, ferrinhos, pandei-ros e soalhas e até algum tamborileiro e gaiteiro, com os quais Nóbrega atrairia mais facilmente o gentio:

"(…) differencia ay de lo que ellos hazen a lo que nosotros hazemos y haríamos si V.R.ª. nos hiziesse proveer de algunos instrumentos para que acá tañamos (imbiando algunos niños que sepan tañer), como son flautas, y gaitas, y nésperas, y unas vergas de yerro con unas argollicas dentro, las quales tañen da(n)do con un yerro en la verga; y un par de panderos y sonajas. Si viniesse algún tamborilero y gaitero acá, parézeme que no havríaPrincipal que no diesse sus hijos para que los enseñassen.

No entanto, são constantes as referências à música nos Monumenta Brasiliae. Apenas irei apresentar parte do conteúdo de uma carta, escrita pelo Pe. José Anchieta a S. Inácio de Loyola desde S. Paulo de Piratininga a 1 de Setembro de 1554:

Estes, entre os quais vivemos, entregam-nos de boa vontade os filhos para serem ensinados, os quais depois, sucedendo a seus pais, poderão constituir um povo agradável a Cristo.

Na Escola, muito bem ensinados pelo Mestre António Rodrigues, encontram-se 15 já baptizados e outros, em maior número, ainda catecúmenos. Os quais, depois de rezarem de manhã as ladainhas em coro na igreja, a seguir à lição, e de cantarem à tarde a Salve Rainha, são mandados para suas casas; e todas as sextas-feiras fazem procissões com grande devoção, disciplinando-se até ao sangue.

Nesta Aldeia, foram admitidos para o catecismo 130 e para o baptismo 36, de toda a idade e de ambos os sexos.

Ensina-se-lhes todos os dias duas vezes a doutrina cristã, e aprendem as orações em português e na língua própria deles.

É um facto reconhecido que a cristianização do Índio do Brasil foi feita com o auxilio da Música, do canto, das festas, das procissões, e da representação de Mistérios ou Autos de que é exemplar prova o de S. Lourenço da autoria do Padre José Anchieta. O grande sucesso dos jesuítas na missionação foi obtido não em obediência às normas, mas antes em pleno desrespeito delas, devendo ser tida a referida carta de Julho de 1568 supra citada apenas como um relato da visita de um membro da Companhia de Jesus ao Brasil. Na verdade, a realidade era outra completamente diferente.

O Pe. Fernando Cardim que viveu no Brasil entre 1583 até 1590 descreve algumas manifestações musicais dos indígenas no seu livro Traité de la terre et des gens du Bresil :

Eles cantam e dançam porque eles não fazem uma coisa sem a outra. Assim atravessando a cidade, fomos acompanhados em procissão até à Igreja com danças e boa música de flautas, com o Te Deum Laudamus.(…). Depois da Missa solemne com diácono e subdiácono oficiada com canto pelos indios com as suas flautas e cravo. Durante a Missa alguns salmos e motetes foram cantados por um jovem estudante com uma extraordinária devoção(…). Em todas as vilas existem escolas que ensinam a contar, cantar e tocar. Todos aprendem facilmente e há já muitos que tocam flauta, viola, cravo e participam nas Missas cantando facto muito apreciado por seus pais.

Na segunda metade do século XVII, mais concretamente em 1653, o Pe. António Vieira desembarcou no Brasil, sendo considerado como o grande defensor dos indígenas. Este chegou a ser preso pelos colonos que o obrigaram a regressar a Lisboa com outros Padres em 1661. No Sul a hostilidade entre estes, e entre os colonos e "mamelucos", não tardará em manifestar-se. Em 1676 e 1677 processou-se o desmembramento da Diocese da Baía, com a criação dos novos bispados de Olinda e Maranhão, elevando-se a Baía à categoria de Metrópole com um Arcebispo.
Será com o Pe. Manuel da Nóbrega, e mais tarde José de Anchieta que se fundará S. Paulo, erguendo-se os primeiros marcos jesuítas a partir da Baia em direcção ao Peru, Rio da Prata e Paraguai onde a cidade de Assunção, que acabava de ser fundada, iria transformar-se no centro de outros empreendimentos, criando-se lá, em 1595, um Colégio Jesuíta.

Também será lá que em 1603 terá lugar um Sínodo. Reunido por iniciativa de um primo de Loyola, Martin, éste decidiu o envio de Jesuítas para Guaiará, a terra dos Guaranís, sobre o rio do Paraná. Após a assinatura do Tratado de Tordesilhas (1594) surgiram numerosos problemas devido às delimitações de fronteiras e respectivos redutos jesuíticos. Destaca-se sem dúvida a conhecida figura do Pe. Domenico Zipoli, italiano, músico e grande compositor. A sua obra tem sido estudada e divulgada entre outros por Gabriel Garrido, argentino, radicado em Genebra, tendo gravado recentemente numerosa da interessante obra deste compositor jesuíta. A mais conhecida das suas composições é. sem dúvida, a Missa a S. Inácio de Loyola. Dela poderemos ouvir…

Os guaranis, desde os primeiros contactos, mostraram muita sen- sibilidade no que se refere à música, e esse foi o principal factor através do qual os Missionários, traduzindo a Doutrina Cristã em cânticos no idioma nativo, procuraram atrai-los. Segundo cartas anuais paraguaias datadas de 1626, o primeiro a ensinar música nas Missões guaranis foi o Jesuíta francês, o Pe. Louis Berger. Ensinou aos guaranís a música vocal e instrumental. Depois dele o Pe. Jean Vaisseau, nascido em Tournai (Bélgica), fora músico da Corte do Arquiduque Alberto de Áustria, e depois da Infanta Isabel Clara Eugenia, e por último mestre capela na Corte de Carlos V. Desde o tempo do Pe.Vaisseau foi criada em cada redução uma escola de canto coral, música e dança, onde se aprendia a tocar todo os tipos de instrumentos cujo uso era permitido nas Igrejas. Tiveram os índios pouco trabalho em aprender a toca-los. Diariamente os músicos estudavam o canto e os instrumentos por várias horas.

Com o tratado de Limites de 1750 inicia-se a decadência cultural das Missões Jesuíticas. A última redução fundada foi a de Belém em 1760, nas terras de Japejú. A guerra de 1756 tinha arruinado os sete povos e os desentendimentos entre os Jesuítas e as Coroas de Portugal e Espanha aumentavam dia para dia, culminando com a supressão da ordem e a expulsão dos Jesuítas de todas as colónias, em 1768.

II

Numa época já mais recente, e para concluir esta rápida citação de fontes, irei fazer alusão a algumas partituras existentes nas Bibliotecas da Ajuda, e na Biblioteca Pública de Évora, todas relevantes para a o Brasil.

Sabe-se que a Livraria Real estava instalada no Paço da Ribeira, em Lisboa. D. Theodosio de Bragança, por outro lado, reuniu no seu Paço de Vila Viçosa uma grande quantidade de livros. D. João IV foi um soberano bibliófilo dedicado. Por sua vez D. João V incumbe ao mestre Capela da Igreja metropolitana de Évora de "compor uma Biblioteca histórica e crítica dos melhores mestres de música que floresceram nos Reinos de Portugal e Castela", o que não chegou a verificar-se. Porém, a Livraria de D. João V supõe-se que tinha uns 60.000 exemplares. Dela nada nos resta pois sofreu o incêndio que se seguiu ao terramoto de 1755 que a sepultou. D. José I reinicia então, depois do terramoto, uma nova Biblioteca no Paço da Ajuda. Logo a seguir em 1756 inicia com o Dr. Nicolau Francisco Xavier da Silva, negociações para a compra da valiosa colecção de manuscritos e seleccionados livros. Também adquiriu o acervo da Condessa do Redondo. Entretanto Junot aproxima-se de Lisboa.

Ao aproximar-se Junot de Lisboa, a Família Real, na sequência da deliberação tomada elo Príncipe Regente no Conselho de Estado de 25 de Novembro de 1807, embarca para o Brasil, pondo a recato as Livrarias do Rei e da Casa do Infantado, que embaladas em centenas de caixotes seguiram para o Cais de Belém.No entanto, por Luiz dos Santos Marrocos, em interessante correspondência com o pai, sabemos que o envio das Livrarias para o Brasil se iria a processar mais tarde, em três remessas. Uma em princípios de 1810, outra em Março de 1811, e a terceira no verão desse mesmo ano. No Rio de Janeiro a Biblioteca viria a ser instalada no consistório da Igreja de Nª Sª do Carmo. Para o Rio de Janeiro havia também seguido a Colecção de manuscritos da Coroa, com destino bem diferente ao da Biblioteca Real. Enquanto esta formaria o núcleo inicial da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, a citada colecção tornaria, diremos intacta a Portugal.

Durante a permanência da Família Real no Brasil a Biblioteca não parou de crescer. O volume que atingiu foi tão elevado que dos seus duplicados se formou a Biblioteca da Baía, inaugurada em 13 de Maio de 1811. Em 1821 regressou D. João VI a Portugal.

Podemos salientar na Biblioteca da Ajuda, entre outras, as seguintes obras com interesse para o Brasil:

L’Angelica de João de Sousa Carvalho, para a celebração do dia de aniversário da Princesa do Brasil, D. Maria Francisca Benedita, em 25/7/1778.

30 Modinhas do Brasil para canto e piano.

A ópera o Guarany, de Carlos António Gomes, possivelmente trata-se de uma primeira edição, e está dedicada a D. Pedro II, imperador do Brasil. Deste mesmo autor um drama lírico intitulado Salvator Rosa (1874), de Marcos Portugal existem numerosas obras, como por exemplo In virtute tua Domine, Licença pastoril, Matinas da Epifanía, Matinas de Sexta-feira Maior, Matinas do Natal, Miserere, Missa, Responsórios para a Festa do Mártir S. Sebastião, Te Deum, Veni Sacte Spiritus, Victimae Paschali, salientando-se ainda de Francisco Manuel da Silva o Hino brasileiro.(Anexo relação das principais obras).

No que se refere à Biblioteca Pública de Évora, os Manuscritos de música religiosa são provenientes na sua grande maioria do Mosteiro de S. Bento de Castris após a sua extinção, por morte da última religiosa em 18/4/1890. A colecção de modinhas que veio da Biblioteca da Manizola enriquece sobremaneira esta secção. Merece ainda chamada especial de atenção para a obra do padre baiano, Caetano de Melo de Jesus. Com efeito trata-se duma longa exposição sobre os princípios teóricos da música a encher dois grossos volumes. Apesar de incompletas (o autor anunciava 4 tomos), é a mais extensa que se conhece escrita em língua portuguesa. O facto de ter sido elaborada na cidade da Baía e por um natural ali nascido, assume um significado de alta transcendência, pelo que representa de afirmação europeia em terras de Santa Cruz nas primeiras décadas do século XVIII. Escusado será dizer que se trata do primeiro grande documento teórico da história da música no Brasil.(Anexo relação das principais obras).

Não seria possível em tão pouco tempo referir-me a todas as fontes musicais relevantes para o Brasil, tendo-me pois limitado a algumas das que considero importantes.

BIBLIOTECA DA AJUDA:

50. CARVALHO, João de Sousa
L’Angélica.
Serenata (…) da Cantarsi nella Real Villa di Queluz. Per celebrare il giorno natalizio della Sig.ra D. Maria Francesca Benedetta, Principessa del Brasile, li 25 Lug. 1778.
1778, Lisboa
2 vols. Mss.
Partitura para canto e orquestra com letra em italiano.

52. Modinhas do Brasil
Séc. XVIII.
Manuscrito
Música para canto e piano, com letra portuguesa
São 30 peças.

285. GOMES, A. Carlos
Il Guarany
1870, Milano; F. Lucca.
Música para canto, com acompahamento de piano e letra em italiano.
Enc. de luxo com o escudo do Brasil, talvez uma das primeiras edições.
Dedicado a D. Pedro II, Imperador do Brasil.

352. GOMES, António Carlos
Salvator Rosa. Dramma lirico in 4 atti...
1874, Milano; Ricordi.
Partitura para piano e canto com letra em italiano.
FLORES DE MÚSICA DA B.A.

130. EULER, Leonhard
Tentamen novae theoriae Masicae
1739. Petropoli; Typ. Academiae Scientiarum.

185. ARNAUD, Achille
Hymno a El-Rei Dom Luis I
1873, Rio de Janeiro
Autógrafo ?
Música para canto a 4 vozes (2 tenores e baixo), com acompanhamento de trompa e letra ital. de A. Arnaud.

211. GIANNINI, Giocchino
Elegia Harmonica
1834, Rio de Janeiro.
Autógrafo.
Partitura para orquestra. Para o funeral de D. Maria II.

285. GOMES, A. Carlos
Il Guarany
1870, Milano; F. Lucca.
Música para canto com acompanhamento de piano e letra em italiano.
Enc. de luxo com o escudo do Brasil, talvez uma das primeiras edições.
Dedicado a D. Pedro II, Imperador do Brasil

351. GOMES, António Carlos
Il Guarany
Opera - balloin 4 atti
1870, Milano; F. Lucca
Dedicado a D. Pedro II, Imperador do Brasil.

352. GOMES, António Carlos
Salvator Rosa. Dramma lirico in 4 atti...
1874, Milano; Ricordi.
Partitura para piano e canto com letra em italiano.

375. COLÁS, Francisco Libânio
Camões
Marcha triumphal a grande orchestra em solemnisação ao tricentenario de Luiz de Camões, principe dos poetas portuguezes
1880. Pernambuco.
Autógrafo.
Dedicado a D. Luís I.
CATÀLOGO DE MúSICA MANUSCRITA (9 vols.) elaborado sob a direcção de MARIANA AMÉLIA MACHADO SANTOS, Directora da Biblioteca, Lisboa 1967/68.

31. AGUIAR, João Teodoro
Uma Lágrima
Marcha funebre / Composta e Consagrada à Memória/ de / S. M. F. O Senhor D. Pedro V / O Muito Amado / Em signal de respeito e veneração / Dedicada / a S. M. El Rei o Sr. D. Fernando / e / Offerecida à Congregação de Portuguezes da Imp.al cid.e de Nicht.oy./ Para ser executada nas Solemnes Exequias Mandadas / Celebrar pelos mesmos na Igreja Matriz / Por / João / Theodoro de Aguiar /
1862. Rio de Janeiro. Autógrafo.
390 x 265.- (VIII) + 10 f. c. not. mus.
Partitura para orquestra. Está junto com 1 impresso sobre a morte de D. Fernando.
Portada decorada a sépia.

142. ARNAUD, Achille
Hino a Dom Luís I 54 - XII - 72 1
Hymno / à / S. M. El Rei D. Luiz 1º / Rio de Janeiro 1983.
Poesia de A. Arnaud. / para quatro vozes / Offerecido por Achille Arnaud de Napoles.
1873. Rio de Janeiro.
250 x 350. - [3] p. c. not. mus.
Música para canto a 4 vozes (2 tenores e baixos), com acompanhamento de tromba e letra em italiano
143. ___________ 54 - XII - 72 12)
Lisbona
D______: Barcarola, / dedicada por A. Arnaud à S. M. D. Luiz 1er de Portugal / Poesia do mesmo autor.
1873. Rio de Janeiro.
250 x 350 - p. 4-13, c. not. mus.
Música para canto a 4 vozes e orquestra, com letra el italiano.

292 BENJAMIN, Roberto J. Kinsman
Hino do Centenário do Marquês de Pombal
Hymno do Centenario / do / Marquez de Pombal / executado no / Imperial Theatro D. Pedro II / do / Rio de Janeiro / no dia 8 de Maio de 1882 / por occasião dos / Festejos em Commemoração / do 1º Centenario / do / Grande Estadista.
1882, Rio de Janeiro Autógrafo.
340 x 260, - [IV] + 37 p. c. not. mus.
Partitura para canto e orquestra com letra em português.

387. BOSONI, Carlo 54-XII-159
Hino a Dona Maria Pia de Saboia
Hymno / a / S. M. F. / a / Sra D. Maria Pia de Saboia / Dedicado pelo / Maestro O_____,/ Poesia de Carvalho Lima / Traduzido por Diego Fusco, e executada pela primeira vez no solemne festejo / da Real Sociedade Portugueza Amante da Monarchia e Beneficiente / no Rio de Janeiro / em commemoração do anniversário natalicio / de S. M. F. o Sr. D. Luiz I. / em 31 de Outubro de 1863.
1863, Rio de Janeiro. Autógrafo.
345 x 270. - [IV] + [11] p. c. not. mus.
Partitura para banda
Enc.: J. B. Lombaerts (Rio de Janeiro)
Cotas ant: U ‘’’ 4672; 138-III-119.

413. BUSTINI G. 44 - XV - 68 32 a 34
Divertimento concertante per due violini.
A. S. S. R. M. /Don / Luigi, Re / di Portogallo / D______/ con accompa.to di Piano Forte / di / O______/ Allievo del Conservator.º di Milano/.
Sec. XIX. Autógrafo.
315 x 240, - 4; 4; 10 p. c. not. mus.
Partes dos 2 violinos (1º e 2º(e do acomp. de piano.

472. CARVALHO, João de Sousa 48 - I - 34 e 35
Angelica (L’)
D______/ Serenata per musica da cantarsi nella Real Villa / di Queluz / per celebrare il felicissimo giorno natalizio della Serenissima Sig.ra / D. Maria Francesca Benedetta / Principessa del Brasile Li 25 Lug. 1778 / Musica / del Sig.r Giovanni de Souza Carvalho, Maestro / delle LL. RR. AA. il Serenissimo Principe della / Beira, ed Infanti di Portugallo /
1778, Lisboa.
230 x 310,- 2 vols.: 132 ; 112 f. c. not. mus.
Partitura em 2 partes para canto e orquestra e letra em italiano.
597. Corilia 54 - X - 37 10
veja: Modinhas, nº2
ec. XVIII.
p. 5-7, c. not. mus.
musica para canto a 2 vozes com acompanhamento de cravo, e letra em português (Corília quem deixará...)

975. GIANNINI, Gioachino 54- XII- 123
Elegia Harmonica
D____/ nel funerale di Donna Maria II, Regina del Portogallo./ Appositamente composta e dedicata / all’Illust.mo. Signor Barone d’Estrella / da / O_____/ Cavalieri dell’Ordine di S. Lodovico di Parma./ Accademico, Filarmonico Aretino / e / Socio corrispondente di diverse / Accademie Italiane. / Rio de Janeiro 2 Marzo, del / 1834.//
1834, Rio de Janeiro. Autógrafo.
350 x 275. - [II + 24 ] p. c. not. mus.
Partitura para orquestra
Contém uma Carta-Prefácio ao Rei, explicando a composição.
Cota ant: 138 - III - 84; 3452 : 3593.

1172 - Homens errados, e loucos... 54 - X - 37 51
Veja. Modinhas do Brasil nº26
Sec. XVIII.
f. 28 c. not. mus.\Musica para canto a 2 vozes com acompanhamento de viola e letra em português.

1354- LE GRAS, João Gabriel.- transcritor
Ariettes choisies avec accompagnement de Guitarre anglaise (Recueil d’)
Recueil d’Ariettes choisies / avec / accompagnement de guitarre / anglaise. / Dédiées et Presentées à Son / Altesse Royale / Dna. Maria Benedicta / Princeza do Brézil / Par son très humble serviteur / [Sumário].
Sec. XVIII (‘). Autógrafo.
162 x 212,- [II] + 19 p. c. not. mus.
cota ant.: 55 F-II-7 74

1376 - LIMA, Jerónimo Francisco 48 - II - 6 e 7
Taseo
D____, / Serenata per gli anni / del Sereniss.mo. Principe del Brazile / Musica / del Sig. or Girolamo Francesco Lima./
1783.
230 x 310,- 2 vols.: 112; 119 f. com notação musical.
Partitura em duas partes para canto e orquestra e letra em italiano.
1595- MODINHAS 54-X-37 9 a 20
D_____/ Para o uzo / Da Exma. Snrª D. Jozefa Victoria Barreto Moniz / Da Exª Srª D. Antónia do Carmo Moniz / [Sumário]
Sec. XVIII.
223 x 310,- [1] + 35 p. c. not. mus.
Mus. para canto c. acompanhamento de cravo e letra em português
Cota ant: 55 F-II-5 56
Sumário:
1.- Junto do monte Anarda espero (p. 1-4)
2.- Corilia quem deixará (p. 5-7)
3.- Quem me vir andar brincando (p. 8-9)
4.- De vivas penas cercado (p. 10-11)
5.- Eu já me sinto morrer (p. 12-14)
6.- Ho Marcia bela tem dó de mim (p. 15-17)
7.- Quando de Anarda o rosto vejo (p. 18-20)
8.- Tu mesma com os teus olhos (p. 21-24)
9.- Fingio-me Anarda com emulação (p. 25-27)
10.- Formosa Anarda doce meu bem (p. 28)
11.- Nel cor più non mi sento (p. 29-32)
12.- Antes quisera que a morte (p. 33-35)

1596- MODINHAS DO BRASIL 54-X-37 26 a 55
Modinhas do Brasil (Sumário).
Sec. XVIII.
225 x 310.- 32 f. c. not. mus.
Musica para canto e piano c. letra port.
Cota ant.: 55 F-II-5 55.
Sumário :
1.- Você se esquiva de mim...(p. 3-5)
2.- Quem me ver, aflito e triste...(p. 6)
3.- Pelo amor de Deus te peço...(p. 7-8)
4.- Tristemente a vida passa...(p. 9-10)
5.- Os me deixas que tu dás...(p. 14-15)
6.- Eu nasci sem coração...(p. 14-15)
7.- Ganinha minha Ganinha...(p. 16-17)
8.- Quem ama para agravar...(p. 18-19)
9.- Sinto-me aflita hé o meu tormento(p. 20-21)
10.- Vidinha adeos, fica-te embora...(p. 20-21)
11.- Par desabafar saudades...(p. 24-25)
12.- Choro, padeço, suspiro...(p. 27-28)
13.- Os desprezos do Meu Bem...(p. 28-29)
14.- A minha Nerina gosta dos meus ais...(p. 30-31)
15.- Se fores ao fim do mundo...(p. 32-33)
16.- A saudade que no peito...(p. 34-37)
17.- Ninguém morra de ciúme...(p. 38-40)
18.- Eu estando bem juntinho...(p. 40-41)
19.- He delicia ter amor...(p. 42-43)
20.- Quem achou o que eu achei...(p. 44-45)
21.- Da minha constante fé...(p. 46-47)
22.- Eu não sei minha constancia...(p. 48-49)
23.- Meu amor minha sinhà...(p. 50-51)
24.- Minha Mana estou gostando...(p. 52-53)
25.- Menina você vai hoje...(p. 54)
26.- Homens errados e loucos...(p. 55-56)
27.- Cupido tirano mostra o teu poder...(p. 57)
28.- Estas lágrimas sentidas...(p. 58-59)
29.- Ausente saudoso e triste...(p. 60-61)
30.- Não pode a longa distância...(p. 62-63)

1746- NORONHA, Francisco de Sá 44-XV-67 28 54-X-37 9 a 20
Domino Noir- Variações
Variaçoens / Sobre um motivo da Opera Domino Noir / Offerecidas e Dedicadas a Sua Alteza Real / O Senhor Infante D. Luiz Felippe Duque do Porto / por / O_____,/ Rebeca particular da Camara de Sua Magestade / O Imperador do Brazil./ Cavalheiro do Habito da Roza, Socio de Merito / da Academia Real dos Professores de Muzica em / Lisboa /.
Sec. XIX. Autógrafo.
345 x 270.- 19 p. c. not. mus.
Musica para violino com acompanhamento de piano.

2513- ______ 48-XV-3
Credo
D______./ 1817. Rio de Janeiro, autogr./
1817, Rio Autógrafo.
450 x 310.- 58 f. c. not. mus.
Partitura para canto a 4 vozes e grande orquestra com letra em latim.

2530- PORTUGAL, Marcos António da Fonseca 44- XV - 14
In virtute tua Domine
Original no Rio de Janº / anno de 1813. / Versos tirados dos Psalmos 2º e 6º / Com voses, e todo / o instrumental e órgão / obrigado / Pª se cantar na Real Cappª/ do Rio de Janº no dia 24 / de Junho / Em obsequio do Nome / de S. A. R. / O Principe Regente N. S. / Musica de marcos Portugal.
1813. Rio de Janeiro. Autógrafo.
445 x 310._ 36 f. c. not. mus.
Partitura para canto e grande orquestra com letra em latim.

2539- PORTUGAL, Marcos António da Fonseca 48-II-33
Licença pastoril
Licensa Pastoril./ que se reprezentou no Theatro do Salitre / em o dia 25 de Julho dedicada ao felice cumpre annos da / Serenissima Senhora / D. Maria Francisca Benedita, / Princeza do Brasil / (...) / anno 1787./ Muzica / de Marcos Antonio de Affonceca Portugal
1787, Lisboa
220 x 305.- 13 f. c. not. mus.
Partitura para canto a 3 v. e orqª c. letra em português.

2543- PORTUGAL, Marcos António da Fonseca 44-XV-6 a 8
Matinas da Epifania
Original no Rio de Janº / 1812./ In Epiphania Domini./ Mattinas a quatro vozes / dobradas, / Com acompanhamento de órgão, bachos, / timbales, e instrumentos de vento. / Para se executarem na Coppª Real / do Rio de Janeiro, por ordem S.A.R./ Musica de Marcos Portugal.
1812, Rio de Janeiro. Autógrafo.
445 x 310.- 3 vols.: 41; 51; 34 f. c. not. mus.
Partitura para canto e grande orquestra com letra em latim
igual ao 44-XV-25 a 27.

2544- PORTUGAL, Marcos António da Fonseca 44-XV-9 a 11.
Matinas de Sexta-feira Maior
Por ordem de S.A.R./ O Príncipe Regente Nosso Senhor./ Original no Rio de Janeiro / de 1813./ Mattinas q’ se cantão na Quinta Frª Sancta./ Com sop.nos contralto, tenores, e bachos, e obrigadas / com o acompanhamento / de clarinettes, flautas, violoncellos, fagottes,/ violettas, trompas, clarins, timbales, contrabachos, / e órgão./ Para se executarem na Real Cappella do Rio de Janeiro no / presente ano de 1813./ Musica de Marcos Portugal.
1813, Rio de Janeiro. Autógrafo.
445 x 310.- 3 vols.: 50; 66; 74 f. c. not. mus.
Partitura para canto e orquestra com letra em latim
igual ao 44-XV-28 a 30.

2546- PORTUGAL, Marcos António da Fonseca 44-XV-5
Matinas do Natal
Original no Rio de Janeiro / Em 7.bro de 1811. / Matinas do Santissimo Natal / de Nosso Senhor Jesus Cristo / a 4 e mais vozes./ Com obrigação de clarinettes, trompas, violettas, fagottes / violonchellos, contrabachos e órgão. / Compostas para a Copp.ª Real do Rio de Janeiro, por ordem / de S.A.R. o Principe Regente nosso Senhor. / Por Marcos Portugal.
1811, Rio de Janeiro. Autógrafo.
435 x 295.- 171 f. c. not. mus.
Partitura para canto e orquestra com letra em latim.
igual ao 44-XV-22 a 24

2552- PORTUGAL, Marcos António da Fonseca 44-XV-12
Miserere
Por ordem de S.A.R./ O Principe Regente N.S. / Original / no Rio de Janº/ em 1813./ D______./ Com sopros contraltos, tenores e bachos;/ Com acompanhamento obrigado de / clarinettes, flautas, trompas, clarins, timbales, fogottes, violettas, / violonchellos, contrabachos e orgão./ Pª se executar quinta Frª Sancta/ na Real Cappella do Rio de Janº/ Musica de Marcos Portugal.
1812, Rio de Janeiro. Autógrafo.

2556. PORTUGAL, Marcos Antonio da Fonseca 44-XV-2
Missa
Por ordem de S.A.R./ O Principe Regente N.S./ Original no Rio de Janeiro, ano de 1814./ D_____,/ Com toda a orquestra, a/ qual se pode executar / de dois modos, e vem a ser / ou com toda a orquestra, como fica dito, e neste caso de nenhuma maneira / se deve usar do órgão, ou sòmente com todos os instrumentos de vento, bachos / e timbales, e d’este modo então he indispensavel o órgão./ Musica de Marcos Portugal.
1814, Rio de Janeiro. Autógrafo.
460 x 310,- 121 f. c. not. mus.
Partitura para canto e orquestra com letra em latim
igual ao 44-XV-19.

2558- PORTUGAL, Marcos António da Fonseca 44-XV-1
Original no Rio de Janeiro./ em 1817./ Missa festiva,/ Com todo o instrumental, e/ para se executar com bastante numero de voses/, na Cappella Real do Rio de Janeiro,/ no día 12 de Fevereiro de 1718 [sic]/ Em acção de graças / Pella feliz chegada de S.A.S./ A Princesa Real. / Musica de Marcos Portugal/.
1817, Rio de Janeiro. Autógrafo.
450 x 310.- 136 f. c. not. mus.
Partitura para canto e orquestra e letra em latim
Dif. do 44-XV-2.

2573- PORTUGAL, Marcos António da Fonseca 47-II-37 1 e 2
Responsórios para a festa do Mártir São Sebastião
Original no Rio de Janº/ 1814./ D______./ Pª se executarem na Real Cappª/ do Rio de Janeiro./ Musica de Marcos Portugal.
1814, Rio de Janeiro. Autógrafo.
445 x 310.- 137 f. c. not. mus.

2578- PORTUGAL, Marcos António da Fonseca 44-XV-4
Te Deum
Por ordem de S.A.R. o Príncipe Regente / N.S./ Original no Rio de Janº / anno de 1813./ D____laudeamos./ Com toda a orquestra./ Para se executar na Real Cappª do Rio de Janeiro./ Musica de Marcos Portugal.
1813, Rio de Janeiro. Autógrafo.
445 x 305._ 107 f. c. not. mus.
Partitura para canto e grande orquestra com letra em latim
igual à cópia 44-XV-21.

2584- PORTUGAL. Marcos António da Fonseca 44-XV-35 13
Veni Sancte Spiritus
Sequentia / de Penthecostes./ D______./ Com acompanhamento de fagottes, violoncellos, contrabachos, timbales e órgão./ Pª uso da Real Cappella do Rio de Janeiro./ Copiada de outra com 6 órgãos, e feita/ Pª a Real Bazilica de Mafra, por / Seu mesmo Autor./ Anno de 1812./ Marcos Portugal.
1812, Rio de Janeiro.Autógrafo.
435 x 285,- 34 f. c. not. mus.
Partitura para canto e orquestra com letra em latim.

2585- PORTUGAL, Marcos António da Fonseca 44-XV-15
Victimae Paschali
Por ordem de S.A.R./ o Principe Regente N.S./ Original no Rio de Janº anno 1813./ D______./ Com diversos / instrumentos / Pº se cantar na Real Cappª do Rio / de Janº no Domingo de Páscoa da Ressirreição./ Musica de Marcos Portugal.
1813, Rio de Janeiro. Autógrafo.
450 x 310.- 38 f. c. not. mus.
Partitura para grande orquestra e canto com letra em latim.
Sequência.

2912- SANTOS, Luciano Xavier dos 48-V-7 70 a 74
Ercole sul Tago
D______./ Da cantarsi nella Real Villa di Queluz / celebrandosi il giorno natalizio / della Serenissima Signora D. Maria Francesca Benedetta / Principessa del Brazille./ Del Sig.re Luciani Xavieri di Santi./ Anno 1785.
1785.
220 x 295.- 170 f. c. not. mus.
Partitura em oito cenas para canto e orquestra com letra em italiano.

3154- SILVA Gomes e Oliveira, António da 48-III-16 e 17
Galatea (La)
D______./ Serenata per Musica da cantarsi nella Real Villa / di Queluz / alla prezenza delle L.L.M.M. Fedelissime / D. Maria I e D. Pietro III./ Augusti Monarchi di Portugallo, degli Algarvi &&&/ per celebrare il felicissimo giorno natalizio del Serenissimo Sigª / D. Giuseppe./ Principe del Brazile Li 21 Agosto 1779./ Musica / del Sigr. Antonio da Silva. Portughese.
1779, Lisboa
230 x 320.- 2 vols: 125; 72 f. c. not. mus.
Partitura em duas partes para canto e orquestra e letra em italiano.

3162- SILVA, Francisco Manuel da 54-XIII-56
Hino Nacional Brasileiro
Hymno / Nacional Brasileiro / para / Piano
Sec. XX.
353 x 270.- 4 p. c. not. mus.
Mus. pª piano.

3392- TOPKÄNY, Francesco Capurro 54-XII-42 e 43
Brezze melodiche
D_____./ Raccolta / di Musica Vocale e Strumentale / per Camera composta et umilme Dedicata / A S.M. / Dom Luigi 1º Re di Portogallo./ da / O_____/ ex-Direttore d’Orchestra de Teatri : D’Oria Nazionale e / Fluminense = Rio de Janeiro / [Sumario].
Sec. XIX. Autógrafo.
345x260.- 2 vols.: II + 64; 8 p. c. not. mus.
Partitura para canto e orquestra de camara com letra ital.
Cota ant: 138-III-73 e 44; 3473 : 3612 ; U’’’4634; U’’’4607.
Sumário:
1.- Duettino nell’Opera <Rita Saragozza>> (p. 1-11)
2.- Canzone del Bardo nell’Opera <Rita di Saragozza> (p. 13-17)
3.- Tarantella (p. 18-21)
4.- Quintetto concertante sull’Opera <I Puritani>, de Bellini (p. 23-44)
5.- Quintetto concertante sull’Opera <La Traviata>, de G. Verdi (p. 45-64)

3861- Estes moços de agora 54-VII-21
In: Cantos populares de todas as Provincias de Portugal
Sec. XX.
p. 25. c. not. mus.
Musica para piano e canto a 2 v. c. letra em português
Lundum, de Porto Alegre (Brasil)

3912- GOMES, António Carlos 54-VI-44 23
Guarany (II).- Trechos
Duetto do 1º acto da opera <Il Guarany>, de C. Gomes
Sec. XX, Olhão
212 x 290.- 22 p. c. not. mus.
Partitura para banda
Orquestração e caligrafia de J.M.G.

3913- GOMES, António Carlos 54-VI-44 24-47
Guarany (II).- Trechos
Il Guarany. Dueto do 1º acto da Opera, C. Gomes.
Sec. XX, Olhão.
BIBLIOTECA PÚBLICA DE ÉVORA. Catálogo dos Fundos Musicais (organizado pelo Cónego José Augusto Alegria):
Nos Manuscritos de música religiosa são provenientes na sua grande maioria do Mosteiro de S. Bento de Castris após a sua extinção, por morte da última religiosa em 18/4/1890.
A colecção de modinhas que veio da Biblioteca da Manizola enriquece sobremaneira esta secção (p. 5)
Merece ainda chamada especial de atenção para a obra do padre baiano, Caetano de Melo de Jesus. Com efeito trata-se duma longa exposição sobre os principios teóricos da música a encher dois grossos volumes. Apesar de incompletas (o autor anunciava 4 tomos), é a mais extensa que se conhece escrita em língua portuguesa. O facto de ter sido elaborada na cidade da Baía e por um natural ali nascido, assume um significado de alta transcendência, pelo que representa de afirmação europeia em terras de Santa Cruz nas primeiras décadas do século XVIII. Escusado será dizer que se trata do primeiro grande documento teórico da história da música no Brasil.

77. SOLANO, Francisco Ignacio,
EXAME INSTRUCTIVO / SOBRE/ A MÚSICA / MULTIFORME, METRICA, / E RYTHMICA, / NO QUAL SE PERGUNTA, E SE DÁ RESPOSTA DE MUITAS COUSAS INTERESSANTES PARA O SOLFEJO, / CONTRAPONTO E COMPOSIÇÃO: SEUS TERMOS PRIVATIVOS, REGRAS, E PRECEITOS, / SEGUNDO A MELHOR PRATICA, E VERDADEIRA / THEORICA, OFFERECIDO/ A SUA ALTEZA REAL / O SENHOR / D. JOÃO PRINCIPE DO BRAZIL / POR SEU AUTHOR / FRANCISCO IGNACIO SOLANO / LISBOA, / NA REGIA OFFICINA TYPOGRAPHICA. / ANNO MDCCXC. / Com licenças da Real Meza da Comissão Geral / sobre o Exame, e censura dos livros.//
De formato pequeno, a 289 págs. antecedidas de 8 fls. iumeradas. Não tem notação musical. É uma espécie de catecismo técnico da Arte da Música.
Sala de Leitura: E. 35-C. 1.
(Pág. 38 do Catálogo)

72. JESUS, Pe. Caetano de Mello de,
ESCOLA / DE / CANTO DE ORGÃO / Música practicada em forma / de Dialogo entre Discipulo, e Mes-/tre, dividida em quatro partes. /PARTE I./ DA MVSICA THEORICA / OU / MEHODO DOUTRINAL / Que practica, e theoricamente, segundo os Moder-/nos, explica aos principiantes os principaes precey/tos da Arte. /AUCTOR O M.R.P. [...] / Sacerdote do habito de S. Pedro, Mes-/tre da Capella da Cathedral da Ba/hia, e natural do mesmo / Arcebispado. Anno de / 1759.
Códice encadernado med. 31 x 22 cms. Está numerado por págs. a 564 com um Index de 17 fls.
Tem dedicatória <<Ao Senhor Bernardino Marquez de Almeyda e Arnizau, / cavalleyro professo na ordem de Christo, Familiar do Sancto / Officio dos da Inquisição da Corte de Lisboa; Capitão de In-/fantaria de auxiliar de guarnição desta Praça da Ba-/hia Cidadão de ordem de Vereadores desta; Bacharel formado, e Mestre em artes em Philosophia; Academico de numeo, etc. Secretario / da Academia Brasilica dos / Renascidos>>.
Cota: Cód. CXXVI
1 - 1
(Pág. 64 do Catálogo).

73. JESUS, Pe. Caetano de Mello de,
ESCOLA / DE / CANTO DE ORGÃO / Musica practicada em forma de Dia-/logo entre Discipulo e Mestre, dividida em quatro partes. /PARTE II./ Numeral, ou Arithmetica / DA / THEORICA DOS INTERVALLOS, / Cuja origem Proporções, e Proporcionalidades, pratica, e theoricamente se / explica aos principiantes por seo / AUCTOR / O M.R.P. [...] / Sacerdote do habito de S. Pedro, Mestre da Capella da Cathedral da Ba-/hia, e natural do mesmo Arcebispado / Anno / de 1760.
Igual ao 1º volume em formato, encadernação e tipo de letra. Tem 593 págs. acrescidas de 21 fls. para o Index. A exposição obedece aos mesmos moldes do 1º volume. A partir da pág. 495 insere um Discurso Apologetico no qual se propõe o problema técnico seguinte: <<Se pondo-se sustenido e todos os lugares de linhas, e espaços diantes da clave, poderemos forma hua Deducção, ou Hexacordo, guardando as distancias dos quartos Tonos, e hum Semitono que no decurso Deducional se comprehendem>>. O assunto é largamente exposto com vasta erudição e continuado numa segunda parte, a partir da pág. 531, com as <<Censuras dos M.M.RR.MM./ Assim da America, como da Europa, que respon-/derão à dúvida, que neste Discurso / Apologetico se contêm>>.
Há respostas do P. Ignacio Ribeiro Noya, do Recife, do P. Ignacio Ribeiro Pimenta, de Olinda, do P. Antonio Nunes de Siqueira, do Rio de Janeiro, do P. Ignacio Antonio Celestino, de Évora, do P. João Vaz Morato, da Igreja de S. Nicolau, de Lisboa, do P. João da Silva Morais, da catedral de Lisboa, do P. Mateus da Costa Pereira, de Coimbra, do P. Domingos Gomes do Couto, de Elvas e do P. Manuel Martins Serrano, de Portalegre, entre outros. Todas as respostas são comentadas pelo autor.
O volume é enriquecido com vários diagramas de composição engenhosa que muito valorizam a obra.
Apesar do P. Caetano falar de quatro partes da obra, só existem nesta Biblioteca, as duas acima descritas.
Cota: Cód. CXXVI
1 - 2
(Pág. 65 do Catálogo)

16. SELEUCI / RE DI SIRIA / DRAMMA PER MUSICA / DA CANTARSI NELLA REAL VILLA DI QUELUZ / PER CELEBRARE / IL FELICISSIMO GIORNO NATALIZIO / DI SUA MAESTÀ FEDELISSIMA / L’AUGUSTO / D. PIETRO III./ RE DI PORTOGALLO / DELLI ALGARVI, &C. &C. / LI 5. LIGLIO 1781.
Impresso na <<Stamperie Reale>> com 34 págs.
Autor da música: CARVALHO (joão de Sousa)
Autor do libreto: MARTINELLI (Gaetano).
Sala Nova : E. 27-C. 3 Maço 5.
(pág. 123 do Catálogo).

17. NUMA POMPILIO / II. RE DE ROMANI / SERENATA PER MUSICA DA CANTARSI / NEL REAL PALAZZO / DI LISBONA / LI

24. GIUGNO 1789. / PER CELEBRARE / IL GIORNO NOME / DELL’ AUGUSTO / DON GIOVANNI / PRINCIPE DEL BRASILE.
Impresso na <<Stamperia Reale com 26 págs.
Autor da música: CARVALHO (joão de Sousa).
Autor do libreto : MARTINELLI (Gaetano).
Sala Nova: E. 27-C. 3 Maço 6.
(pág. 123 do Catálogo)

18. ARCHELAO / DRAMMA PER MUSICA / DA CANTARSI / NELLA REAL VILLA DI QUELUZ / PER CELEBRARE / IL FELICISSIMO GIORNO NATALIZIO / DEL SERENISSIMO SIGNORE / DON GIUSEPPE / PRINCIPE DEL BRASILE / LI 21 AGOSTO 1785 / NELLA STAMPERIA REALE.//
31 Págs.
Autor da música SILVA (João Cordeiro da)
Autor do libreto: MARTINELLI (Gaetano).
Sala Nova: E. 27-C. 3 Maço 5.
(pág. 123 do Catálogo)

20. ESTER / ORATORIO SACRO / DA CANTARSI / NELL REAL PALAZZO DELL’AJUDA / PER CELEBRARE / L’AUGUSTO NOME / DEL SERENISSIMO SIGNORE / DON GIUSEPPE / PRINCIPE DEL BRASILE / LI 19 MARZO 1786./ NELLA STAMPERIA REALE.//
45 Págs.
Autor da música: MOREIRA (António Leal).
Autor do libreto : MARTINELLI (Gaeano).
Sala Nova: E. 27-C. 3 Maço 5.
(pág. 124 do Catálogo).

21. GLI AFFETI / DEL / GENIO LUSITANO / DRAMMA PER MUSICA DA CANTARSI / NELLA REAL CASA PIA / DEL / CASTELLO DI SAN GIORGIO / DI LISBONA / IN OCCASIONE DELLE PUBBLICHE FESTE / PER IL RISTABILIMENTO IN SALUTE / DI SUA ALTEZZA SERENISSIMA / DON GIOVANNI / PRINCIPE DEL BRASILE / CELEBRATE IL DI 1 SET. 1789./ IN SEGNO DI UMILE OSSEQUIO / DA DIOGO IGNAZIO / DE PINA MANIQUE...LISBOANA.//
Impresso por António Rodrigo Galhardo com 23 págs.
A data de 1789 está colada sobre outra que se não lê. Aliás, nunca os libretos apontam o ano da impressão, mas sim o da representação. Os personagens são: Eurimaco -Patricio lisboeta (cantor Carlo Reyna), Lisa(Ausano Ferracuti), IL Genio Lusitano (Giovanni Gelati), Il Tago (Policarpo José António da Silva). Coro de Virgens e Povo Lusitano.
Autor da música: MOREIRA (António Leal).
Autor do libreto: MARTINELLI (Gaetao).
Sala Nova: E. 27-C. 3 Maço 6.
(Pág. 124 do Catálogo).

24. IL NATAL / D’APOLLO / SERENATA PER MUSICA / DA CANTARSI / NELLA REAL VILLA DI QUELUZ / PER CELEBRARE / IL FELICISSIMO GIORNO NATALIZIO / DELLA SERENISSIMA SIGNORA / D. MARIA FRANCESCA BENEDETTA / PRINCESSA DEL BRASILE / LI 21. LUGLIO 1781.//
Impresso na <<Stamperia Reale>> com 37 págs.
Autor da música: COFARO (Pasquale), <<Maestro di Capella di Camera de S.M. la Regina di Napoli, e Maestro dellla Real Capella.>>
Autor do libreto: MATTEI (Saverio).
Sala Nova: E. 27-C. 3 Maço 5.
(Pág. 125 do Catálogo)

28. LA PASSIONE / DI / GESÚ CRISTO / SIGNOR NOSTRO / ORATORIO SACRO / DA CANTARSI NEL REAL PALAZZO / DELL’AJUDA / PER FESTEGGIARE L’AUGUSTO NOME / DEL SERENISSIMO SIGNORE / D. GIUSEPPE PRINCIPE DEL BRASILE / LI 19. MARZO 1783.//
Impresso na <<Stamperia Reale>> de Lisboa com 22 págs.
Autor da música: SANTOS (Luciano Xavier dos).
Autor do libreto : METASTASIO (Pietro).
Sala Nova: E. 27-C. 3 Maço 5.
(Pág. 126 do Catálogo)

30. L’ENDIMIONE / DRAMA PER MUSICA / DA CANTARSI / NELLA REAL VILLA DI QUELUZ / PER CELEBRARE / IL FELICISSIMO GIORNO NATALIZIO / DELLA SERENISSIMA SIGNORA / D. MARIA FRANCESCA BENEDETTA / PRINCIPESSA DEL BRASILE / LI 25. LUGLIO 1783.//
Impresso na <<Stamperia Reale>> com 30 págs.
Autor da música: CARVALHO (João de Sousa)
Autor do libreto: METASTASIO (Pietro).
Sala Nova: E. 27-C. 3 Maço 5.
(Pág. 127 do Catálogo)

37. LA PREGHIERA ESAUDITA: / ORATORIO / DA CANTARSI / NELLA REAL CASA PIA / DEL CASTELLO DI SAN GIORGIO / DI LISBONA / IN OCCASIONE DELLE PUBLICHE FESTE / DEL FELICISSIMO PARTO / DI SUA ALTEZA SERENISSIMA D. CARLOTA GIOACHINA / PRINCIPESSA DEL BRASILE / CELEBRATE IL DI 14 MAGGIO 1793./ IN SEGNO DI UMILE OBSEQUIO / DA DIOGO IGNAZIO DE PINA MANIQUE, / Cavaliere de la Réggia de Sua Maestá Fedelissima, del suo / consiglio, Comendatore de l’ordine de Cristo, Senatore / del Palazzo, Intendente Generale de Política de la Corte e Regno, Amministratore Generale de la Dogana / Maggiore de la Cittá de Lisbona, e Fattore Supre/mo dell’altre Dogane del Regno, etc. etc.//
Impresso por António Rodrigo Galhardo, em Lisboa, com 39 págs.
Entre os personagens cantores destaca-se a presença de <<La Signora Todi>>, na figura de La Felicita.
Autor da música: CAVI (Giovanni), mestre de Capela da Igreja de S. António dos Portugueses em Roma.
Autor do libreto: ROSSI (Giovanni Gerardo de).
Sala Nova: E. 27-C. 3 Maço 6.
(Pág. 129 do Catálogo)

43. CANTATA / PARA RECITAR-SE EM MUSICA / NO REAL THEATRO DE SÃO CARLOS, EM PLAUSIVEL OBSEQUIO / DO / ABENÇOADO DIA NATALICIO / DO / AUGUSTISSIMO SENHOR / D. JOÃO, / PRINCIPE DO BRASIL, REGENTE DO REINO / EM 13 DE MAIO DE 1794 / Lisboa, M.DCCLXXXXIV.//
Minúsculo folheto com 4 págs. abrangendo o texto em italiano e a tradução portuguesa. Carece de qualquer indicação de autoria.
Sala Nova: E. 27-C, 3 Maço 1.
(Pág. 130 do Catálogo).

 

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Texto sem notas, bibliografia, exemplos musicais e ilustrações.
Artigos completos nos Anais do Congresso "Brasil-Europa 500 Anos: Música e Visões".

Text ohne Anmerkungen, Bibliographie, Notenbeispiele und Illustrationen.
Vollständige Beiträge im Kongressbericht "Brasil-Europa 500 Jahre: Musik und Visionen".

 

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