Prof. Dr. A. A. Bispo, Dr. H. Hülskath (editores) e curadoria científica
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N° 20 (1992: 6)


 

ESTUDO E PRÁTICA DO CANTO GREGORIANO NO BRASIL DA ATUALIDADE
E SUA FUNDAMENTAÇÃO CONCEITUAL, HISTÓRICA E INTERPRETATIVA

 

LEVANTAMENTO NACIONAL DA SITUAÇÃO DA PRÁTICA DO CANTO GREGORIANO NO BRASIL
PROJETO ISMPS/SBM - DIREÇÃO: ELEANOR FLORENCE DEWEY

Mosteiro de São Bento, Salvador, Mosteiro de São Bento, Recife, Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro, Mosteiro de São Bento, São Paulo, Mosteiro de Santa Maria de Santa Clara, Itajubá, Santa Clara, Abadia de Santa Maria, São Paulo, Mosteiro de Nossa Senhora das Graças, Belo Horizonte, Mosteiro do Monte, Recife, Mosteiro de Santa Cruz, Juiz de Fora, Mosteiro da Virgem, Petrópolis, Mosteiro da Paz, Itapecerica da Serra, Mosteiro de Maria Mãe de Deus, Caxambú, Mosteiro do Salvador, Salvador, Mosteiro de Nossa Senhora da Vitória, São Cristóvão, Mosteiro de São Bento, Vinhedo , Abadia São Geraldo, São Paulo, Mosteiro da Anunciação, Goiás Velho, Mosteiro de Nossa Senhora da Esperança, São Paulo, Mosteiro da Transfiguração, Mogi das Cruzes, Abadia da Santa Cruz, Itaporanga, Mosteiro de São Bernardo, São José do Rio Pardo, Mosteiro de Nossa Senhora do Novo Mundo, Campo do Tenete, Mosteiro Nossa Senhora Medianeira, Ovorá, Mosteiro de Nossa Senhora de Fátima, Itararé, Mosteiro de Nossa Senhora da Santa Cruz, Santa Cruz do Monte Castela, Mosteiro Nossa Senhora Aparecida, Campo Grande, Mosteiro do Encontro, Curitiba, Instituto de Educação Santa Escolástica, Sorocaba, Instituto Imaculada Conceicão, Itapetininga, Irmãs Beneditinas Missionárias, Jerônimo Monteiro, Colégio Cristo Rei, Presidente Prudente, Colégio Santo Amaro, Rio de Janeiro, Irmãs Beneditinas Missionárias, Terra Roxa, Academia Santa Gertrudes, Olinda. Colégio Nossa Senhora do Carmo, Recife, Casa das Irmãs Beneditinas, Barreiras, Salesianas, São Paulo, Colégio Nossa Senhora da Assunção, São Paulo

 

Ir. Eleanor Florence Dewey
Coro Pio X° de São Paulo, ISMPS, SBM

 

Relato (Trechos)

Foi feita uma pequena pesquisa sobre o assunto proposto - "Estudo e prática do Canto Gregoriano no Brasil da atualidade e sua fundamentação conceitual, histórica e interpretativa".

Um questionário foi enviado a 68 conventos e mosteiros, seja de religiosos ou monges, seja de religiosas ou monjas, espalhados por todo o Brasil.

O questionário compreendeu as seguintes questões:

1. Cantam a missa quotidiana em Canto Gregoriano?
2. Cantam a missa dominial em Gregoriano?
3. Quais as razões por essa escolha?
4. Recitam as horas do Ofício Divino em latim?
5. Recitam as horas do Ofício Divino em vernáculo?
6. Cantam algumas horas em latim?
7. Cantam as horas do Ofício Divino em vernáculo?
8. Qual a fundamentação conceitual de sua escolha?
9. Considera-se o valor histórico do Canto Gregoriano na vida religiosa?
10. Considera-se seu valor artístico?
11. E sobretudo seu valor espiritual e contemplativo?
12. Se escolheram o Canto Gregoriano, qual o método de ensino usado e quais os princípios de interpretação?
13. Observações.

O levantamento das 38 respostas devolvidas, nos proporciona um quadro lamentável:
Quanto à missa cantada, seja no domingo ou diariamente, somente 6 mosteiros beneditinos o fazem diariamente em gregoriano, e 8 aos domingos, enquanto os outros cantam em vernáculo, alguns alternando, às vezes, o vernáculo com o kyriale.

Em relação à questão quarta, quais as razões da escolha do Canto Gregoriano:
-antiga tradição da Ordem
-por reconhecermos ser o Canto Gregoriano, por sua origem, natureza, beleza, a melhor expressão coral de nossa vida litúrgica de oração, dentro da Tradição da Igreja e pleo incentivo do Magistério Eclesial.
-O Canto Gregoriano é muito condizente com a vida monástica. Sua espiritualidade é incomparável e inigualável. É do interesse de todas as pessoas que frequentam nossa Igreja, cujo número aumenta cada vez mais.
-Há muita variedade de peças para se cantar, e de pouca dificuldade.

As razões da escolha do vernáculo:
Resumindo as respostas:
- para ter uma participação ativa do povo.
- opção da comunidade.
- encontram beleza nos cantos em vernáculo, quando é boa a melodia.
- falta de cultura.
- as jovens não sabem latim e têm dificuldade em aprendê-lo, sendo necessários cantos mais próximos à sua idade e cultura.

Do Ofício Divino.
- poucas são as comunidades que ainda recitam as Horas do Ofício Divino em latim. Algumas usam as antífonas, hinos e responsórios em latim, e os salmos em vernáculo.
- sobre as 38 respostas, 30 usam o vernáculo exclusivamente.
- somente cinco comunidades cantam vésperas e Laudes em latim, fato lamentável.9

Qual a fundamentação conceitual de sua escolha?
- oito não responderam.
- quanto ao Canto Gregoriano, a linda resposta já citada repete-se: o Canto Gregoriano é muito condizente com a vida monástica e sua espiritualidade é incomparável.
- é do interesse de todas as pessoas que frequentam nossa igreja, cujo número aumenta cada vez mais.
- há muita variedade de peças para se cantar e de pouca dificuldade.
- não existe nada mais sublime, mais artístico, mais bonito, mais espiritual para a oração e adoração.

Quanto ao vernáculo:
- vários se queixam da dificuldade do aprendizado do latim e a falta do ensino do mesmo nas escolas.
- a grande maioria optou pelo vernáculo, pois o Concílio Vaticano II insistiu sobre a participação ativa do povo nas missas.
- muitas comunidades acham que rezam muito melhor em vernáculo.
- algumas preocupam-se em achar música que se adapte à espiritualidade de seus membros e, ao mesmo tempo, seja compreensiva para o povo.
- várias encontram a beleza e a oração no vernáculo.
- outras se queixam de falta de elementos com pouco de preparo de técnica vocal.
- duas comunidades dizem que o trabalho absorve muito tempo.
- algumas fizeram uma adaptação feliz das antigas melodias gregorianas, e, assim, "conservam" o Canto Gregoriano.
- uma comunidade escreveu: a renovação conciliar insiste na participação ativa interior, consciente... também no canto. O dado cultural influi poderosamente na participação e na vivência plena do mistério celebrado. Daí a necessidade prevista pelo Concílio da adaptação à cultura da comunidade celebrante. O latim e o gregoriano são expressões culturais genuínas, porém não são expressões culturais próprias da comunidade celebrante do nosso mosteiro. Optar pela língua e pela linguagem musical comum a todos, é, portanto, uma opção ao mesmo tempo pastoral e teólogo-litúrgico-espiritual. É criar condições mínimas para a participação.

Considera-se o valor histórico do Canto Gregoriano na vida religiosa?
- poucos não dão valor histórico ao Canto Gregoriano. Um considera como valor histórico para a vida religiosa na Europa. No Brasil e América Latina, entende como uma riqueza que vem de outras culturas. Assim sendo, precisa um estudo e fundamentação bem forte.
- no noviciado de dois mosteiros, os jovens recebem uma iniciação ao Canto Gregoriano.
- pouco, informa outros: estamos vivendo hoje, no terceiro mundo.
- não só na vida religiosa mas no mundo ocidental.
- procuramos, respondeu outro, um caminho espiritual e contemplativo o mais perto possível dos moradores de periferia de Goiás, onde nosso mosteiro está inserido, que não deixa de ter, ao mesmo tempo, elementos do caminho tradicional dos primeiros pais do monaquismo.

Considera-se o seu valor artístico?
- 3 não responderam
- 26 um mero sim.
- outros consideram muito o valor artístico do canto gregoriano.
- seu valor artístico é incomparável, respondeu um.
- em nossa experiência, a mesma força espiritual do Canto Gregoriano pode vir também de criações e expressões religiosas da cultura contemporânea, assim como da tradição religiosa brasileira popular. Também nestas tradições encontramos raras pérolas de valor artístico espiritual-contemplativo.

Considera-se o seu valor espiritual e contemplativo?
- um mosteiro respondeu com seis pontos de interrogação.
- 30 concordam.
- alguns teoricamente, ou não exclusivamente, ou bastante, mas não necessariamente ligado à língua latina. Porém, "o Canto Gregoriano não é o único, o indispensável. Gostaria de encontrar artistas que fazem música arte de origem latino-americana.
- um jovem monge escreveu: não há nada que se conpare ao Canto Gregoriano. Há muita coisa boa por aí, mas que não se presta para o canto quotidiano na vida monástica, pois o Canto Gregoriano é uma verdadeira exegese do texto que canta.

Método de ensino e princípios de adaptação adotados
- 9 não responderam.
- 8 seguem o método de Solesmes.
- 5 o de D. Eugène Cardine, no livro traduzido pela autora.
- 3 o da Mdre. Paula Loebenstein.
- 3 segundo regras próprias da Ordem.

Observações:
- observamos, escrevia uma pessoa, que os jovens que chegam apreciam muito o Canto Gregoriano e desejam mantê-lo; outros dizem o contrário...
- os que frequentam nossa missa aos domingos e festas também reconhecem seu valor artístico e contemplativo.
- acha que o esforço nesse sentido é muito louvável, e muitos procuram o mosteiro para ouvir Gregoriano.
- importante notar que há jovens que querem aprender e gostam de cantar.
- quem diz que o povo não gosta, está equivocado, escreveu um monge.
- não aceitamos de falar do Canto Gregoriano apenas se for executado em latim. O essencial é a melodia e não a língua, e muitas das melodias conservamos.
terminamos as observações com citações encorajadoras:
- temos dificuldades humanas, mas não desistimos de cantar o Gregoriano, pois importa o louvor.
- procuro por todos os meios possíveis, estimular o Canto Gregoriano nas comunidades religiosas, pois ele tem algo de tão divino e cultural, que o homem de hoje, afeito às imagens, não consegue mais penetrar.
- para guardar o vínculo com a tradição do rito romano, pode ser interessante usar adaptações de algumas peças do Canto Gregoriano na língua do povo. Temos cantado assim o Pai Nosso em português numa melodia gregoriana, e ainda uma adaptação do "Exultet" pascal, feita pelo Pe. Reginaldo Veloso em português. Inclusive com uma possível adaptação ao rítmo brasileiro... Não seria missão dos religiosos, hoje, ajudar a gestar um acervo de cantos litúrgicos, poeticamente, musicalmente e espiritualmente inculturados? Assim como Gregório e companheiros tentaram expressar o mistério cristão na cultura do seu tempo, é preciso que façamos o mesmo hoje. Nunca é tarde para recuperar 500 anos.

Relendo esta síntese parece-me:
1. Ser este o resumo da mentalidade de hoje, no Brasil, pelo menos.
2. Ninguém soube interpretar as instruções do Vaticano II na sua verdadeira luz. Para cantar uma missa (a dos Ramos), em latim, fomos obrigados a ter uma licença especial, e após troca de várias cartas veio um "nihil obstat", mediante a distribuição dos textos da cerimônia e da missa em duas linguas! Aonde a compreensão do Vaticano II?
3. A concessão concedida pelo Vaticano II do uso do vernáculo predominou em toda parte, e viajando pela Europa, por exemplo, sente-se a falta do vínculo da língua universal da Igreja, o latim.
4. Um quadro lamentável, desanimador: transparece a total falta do mínimo esforço, tanto nos seminários, quanto nos mosteiros e conventos, para ensinar o Canto Gregoriano e ainda menos os fundamentos musicais que permitiriam uma execução razoável de outras formas musicais convenientes, quando o forem.
5. Não há mais preocupação com a beleza do louvor a Deus e a dignidade do lugar santo - é o jeito do povo que tem de prevalecer - que os instrumentos anti-litúrgicos possam ressoar - órgão eletrônico, até mesmo computadorizado (sempre com o trêmulo, o que faz pensar em café-cabaré), possam ser tocados por pessoas totalmente incompetentes.
6. Os párocos e seus ajudantes (ministros e equipe de liturgia) perderam o senso da beleza, da dignidade, até da hierarquia dos valores, da missa, das cerimônias que a acompanham, e até da casa de Deus.
7. Os mosteiros beneditinos, na sua maioria, não apreciam o valor inestimável no mundo musical de sua tradição quase bi-milenar, de uma riqueza única, que atravessou os séculos, primeiramente pela tradição oral, e até o séc. X pela leitura e interpretação incomparável e única dos manuscritos, preciosamente conservados, e que, além do mais, quando comparados entre si, apesar da escrita variada, provam a universalidade das melodias e fenômenos rítmicos.
8. Para onde vamos? Como remediar? Por onde recomeçar?

Durante os últimos 30 anos tentamos manter acesa a chama do Gregoriano, seja por meio de cursos (work shops em várias cidades), seja por cursos em mosteiros e conventos, masculinos e femininos e palestras em universidades.

Há 10 anos está o Coral S. Pio X estabelecido definitivamente, após várias tentativas que não deram continuidade. É coisa muitíssimo difícil manter um grupo estável de cantores. Tentamos por em prática o que aprendemos com o grande D. Eugène Cardini, O.S.B., durante o tempo em que estudamos com ele, diariamente, em Roma.

Não temos vínculo algum com qualquer instituto religioso. Cantamos onde queremos se, porém, formos bem recebidos pelo pároco.

Procuramos transmitir a oração cantada da missa, e distribuimos sempre programas com as respectivas traduções, convidando os fiéis a unirem-se a nós em oração.

Periodicamente somos solicitados a cantar em missas nupciais, o que muito impressiona os fiéis. Damos concertos, de preferência em igrejas.

O último concerto apresentado com comentários no dia 27 de junho próximo passado, foi gravado pela Rádio Cultura F.M. de São Paulo. Segue o programa:
1. Christus factus est. Responsório graduale do Domingo de Ramos (Fl 2,8.9).
2. Jubilate Deo. Antífona ao ofertório da missa do 5° Domingo após a Páscoa.
3. Confitemini Domino. Aleluia da missa da Vigília Pascal na Noite Santa (Sl 117,1).
4. Victimae Pascali laudes. Sequência da missa do dia do Domingo da Páscoa.
5. Sub tuum praesidium. Antífona de Nossa Senhora (liturgia bizantina, séc. III).
6. Eduxit Dominus. Antífona de intróito do sábado na Oitava da Páscoa. (Sl 104, 43.1)
7. Haec dies. Aleluia do sábado na Oitava da Páscoa (Sl 117,24.1).
8. Benedictus qui venit. Antífona de ofertório do sábado na Oitava da Páscoa (Sl. 117, 26.27).
9. Gloria in excelsis. Hymnus (séc. IV).
10. Laudate pueri. Aleluia do sábado na Oitava da Páscoa (Sl 112.1).
11. Salve Regina. Antífona à Nossa Senhora (Hermanus Contractus? 1054)
12. Audi filia. Responsório graduale do Comum de Nossa Senhora.
13. Omnes qui in Christo. Antífona da comunhão do sábado na Oitava da Páscoa.
14. Spiritus Domini. Antífona de intróito da missa do Domingo de Pentecostes (Sb 1,7; Sl 67).
15. Veni Sancte Spiritus. Aleluia da missa do Domingo de Pentecostes.
16. Veni Sancte Spiritus. Sequência da missa do Domingo de Pentecostes (Estevan Langton? 1228)
17. Regina Caeli. Antífona pascal de Nossa Senhora (Gregório V, séc. X).
18. Iesu dulcis memoria. Texto de S. Bernardo (1090-1153), música do séc. XII(?).

Será que o papel do pequeno Coral S. Pio X, quase insignificante neste Brasil imenso, seria mostrar o verdadeiro espírito do Vaticano II, das injunções dos Santos Padres Pio XII, João XXIII, Paulo VI, João Paulo I e o nosso João Paulo II?

Esperemos que, pelas missas cantadas, concertos, programas de rádio e televisão possamos dar um novo impulso a esta arte quase bi-milenar, um tesouro de inestimável valor, que se acomoda aos textos sacros, fazendo parte necessária e integrante da liturgia solene sublime; ajudar a conservar o uso da língua latina, que mantém a universalidade da Igreja, tanto na Missa (menos as leituras), como no Ofício Divino, desejo dos Papas, tantas vezes reiterado, e não postos em prática, pelo contrário: reconhecendo o Canto Gregoriano como próprio da liturgia romana e, portanto, sem igualdade de condições ocupando o primeiro lugar nas ações litúrgicas, impedindo talvez que até sacerdotes acrescentem, tirem ou mudem, por conta própria, qualquer coisa da liturgia.

Será este o nosso humilde trabalho?
________________
Foram enviados 67 questionários. Recebemos uma resposta dos seguintes mosteiros e conventos ( com o número de questões respondidas):
1. Mosteiro de São Bento, Salvador (19)
2. Mosteiro de São Bento, Recife (30)
3. Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro (47)
4. Mosteiro de São Bento, São Paulo (34)
5. Mosteiro de Santa Maria de Santa Clara, Itajubá, Santa Clara (3)
6. Abadia de Santa Maria, São Paulo (30)
7. Mosteiro de Nossa Senhora das Graças, Belo Horizonte (42)
8. Mosteiro do Monte, Recife (35)
9. Mosteiro de Santa Cruz, Juiz de Fora (19)
10. Mosteiro da Virgem, Petrópolis (26)
11. Mosteiro da Paz, Itapecerica da Serra (15)
12. Mosteiro de Maria Mãe de Deus, Caxambú (13)
13. Mosteiro do Salvador, Salvador (12)
14. Mosteiro de Nossa Senhora da Vitória, São Cristóvão (10)
15. Mosteiro de São Bento, Vinhedo (20)
16. Abadia São Geraldo, São Paulo (20)
17. Mosteiro da Anunciação, Goiás Velho (?)
18. Mosteiro de Nossa Senhora da Esperança, São Paulo (3)
19. Mosteiro da Transfiguração, Mogi das Cruzes (8)
20. Abadia da Santa Cruz, Itaporanga (29)
21. Mosteiro de São Bernardo, São José do Rio Pardo (28)
22. Mosteiro de Nossa Senhora do Novo Mundo, Campo do Tenete (12)
23. Mosteiro Nossa Senhora Medianeira, Ovorá (15)
24. Mosteiro de Nossa Senhora de Fátima, Itararé (?)
25. Mosteiro de Nossa Senhora da Santa Cruz, Santa Cruz do Monte Castela (10)
26. Mosteiro Nossa Senhora Aparecida, Campo Grande (20)
27. Mosteiro do Encontro, Curitiba (?)
28. Instituto de Educação Santa Escolástica, Sorocaba (35)
29. Instituto Imaculada Conceicão, Itapetininga (14)
30. Irmãs Beneditinas Missionárias, Jerônimo Monteiro (5)
31. Colégio Cristo Rei, Presidente Prudente (16)
32. Colégio Santo Amaro, Rio de Janeiro (15)
33. Irmãs Beneditinas Missionárias, Terra Roxa (5)
34. Academia Santa Gertrudes, Olinda (37)
35. Colégio Nossa Senhora do Carmo, Recife (13)
36. Casa das Irmãs Beneditinas, Barreiras (13)
37. Salesianas, São Paulo (?)
38 Colégio Nossa Senhora da Assunção, São Paulo (?)

Algumas das respostas indicadoras da situação particular de determinados mosteiros

Mosteiro de São Bento, Salvador. (Quais as razões por sua escolha?) Motivos pastorais. A comunidade sempre pensou numa adaptação à realidade da Bahia. (Recitam as horas do Ofício Divino em Latim?) Só as Vigílias e Laudes.(Considera-se o valor histórico?) Sim. O noviciado tem aulas de Canto Gregoriano e estamos tentando introduzir o Canto Gregoriano na Missa cotidiana. (Quanto ao Método de Ensino) Seguimos basicamente as instruções e Gregório Estrada, de Monserrat (Espanha) e as novas orientações de Solesmes. O método básico é o novo livro que saiu sobre Canto Gregoriano e os antigos livros a que temos acesso.

Mosteiro de São Bento, Recife. (Quais as razões por sua escolha?) A razão principal da procura de equilíbrio é que procuramos a participação dos fiéis em nosso canto. Também para os nossos candidatos e noviços, que não tiveram estudo de latim, julgamos ser conveniente a distribuição que fazemos entre os cantos em gregoriano e em português. (Qual a fundamentação conceitual de sua escolha?). Uma vez que o Canto Gregoriano é a forma mais digna de se exprimir uma oração cantada, não devemos abandonar este magnífico tesouro-patrimônio da Igreja Ocidental e que foi, durante tantos séculos, a maneira preferida da mesma Igreja para louvar, adorar, bendizer, agradecer e suplicar ao Senhor. O Concílio Vaticano II inclusive chega a afirmar que o gregoriano ocupa ainda o primeiro lugar nas ações litúrgicas (S.C. 16). (Método). Procuramos seguir dentro de nossas limitações o método de Solesmes. (Observações). Temos ainda apresentado recitais de Canto Gregoriano umas três vezes, por ano em nossa igreja. Pelo Natal, no Tempo pascal e mais uma apresentação em setembro ou outubro. O interesse do público é muito grande. Há até várias pessoas solicitando que organizemos aulas de Canto Gregoriano.

Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro. A comunidade vê no Canto Gregoriano uma expressão musical/espiritual superior às demais. Nossa opção é o latim. As horas menores em vernáculo visam atender às dificuldades de alguns com aquela língua. Para o ensino utiliza-se como livro básico o "Primeiro Ano de Canto Gregoriano" de D. Cardine, traduzido pela Madre Maria do Redentor. A interpretação é baseada no Triplex (D. Eugène Cardine) segundo a Semiologia do mesmo autor. Isso de um modo geral, pois acreditamos que o Gregoriano deve ser uma linguagem viva, logo influenciada pelas realidades temporais e locais.

Mosteiro de São Bento, São Paulo. O Canto Gregoriano é muito condizente com a vida monástica. Sua espiritualidade é incomparável e inigualável. E de interesse de todas as pessoas que frequentam a nossa Basílica, cujo número aumenta cada vez mais. Há muita variedade de peças para se cantar, e de pouca dificuldade. Cantam-se as Vésperas diariamente e as Laudes nas solenidades. (Valor histórico) Não só na vida religiosa mas no mundo ocidental. (Valor Espiritual e contemplativo). Não há nada que se compare a ele. Há muita coisa boa por aí, mas que não se presta para o canto quotidiano na vida monástica, pois o Gregoriano é uma verdadeira exegese dos textos que canta. (Método) Na medida do possível, D. E.Cardine.

Mosteiro de Santa Maria de Santa Clara, Itajubá. Não o praticamos em virtude do ambiente rural e o pequeno número de elementos da comunidade, com falta de recursos vocais. Reconhecemos porém o valor histórico, espiritual e artístico do Canto Gregoriano.

Abadia de Santa Maria, São Paulo. Conservamos as antífonas cantadas em latim porque ainda não nos satisfaz uma tradução. Cremos que o gregoriano "a épousé le latin". (Método) O método de nossa cara Irmã Paula Loebenstein, que ela mesma nos transmitiu.

Mosteiro de Nossa Senhora das Graças, Belo Horizonte. Usamos do vernáculo para facilitar para as pessoas de fora a compreensão e a participação. (Método) O de Solesmes. Inegavelmente o Gregoriano é o canto mais apto a suscitar a oração e elevar a alma a Deus.

Mosteiro do Monte, Recife. Usamos do vernáculo na missa dominical, pois a igreja situa-se em meio popular. Há dificuldade do aprendizado do latim para a maioria da comunidade. Encontramos beleza no canto em vernáculo quando é boa a melodia. Há o desejo de que melhor a nossa mente concorde com a nossa voz. (Recitação das Horas do Oficio Divino em latim). Em algumas solenidades e festas. (Fundamentação conceitual da escolha). Vernáculo: para melhor compreensão do que rezamos; dificuldade do aprendizado e familiaridade com o latim. Latim: por causa da beleza do Gregoriano não queremos perdê-lo. (Método) Trouxemos do Mosteiro de Nossa Senhora das Graças uma tradição sobre a qual trabalhamos em cidade. Não temos outros recursos locais no Nordeste. O futuro torna-se um incógnito. (Observações) Sofremos muito para aceitar a realidade cultural do Nordeste e o Gregoriano aí estava. Temos uma jovem cantora que gostaria de estudá-lo melhor. Chegará o momento.

Mosteiro de Santa Cruz, Juiz de Fora. O Gregoriano corresponde à antiga tradição da Ordem. Cantam-se Vésperas e Laudes: hinos, responsórios, antífonas e os cânticos evangélicos; vigílias, horas menores e completas. "Ecce datur haec communitas, ergo detur tale Opus Dei". E também: "....celebratio communitaria Operis Dei modo disponsatur, ut omnes ei interesse eamque participare valeant". (Valor espiritual e contemplativo) Certamente, sobremaneira. (Método) Solesmes.
Mosteiro da Virgem, Petrópolis. Cantamos o Gregoriano por reconhecermos ser ele por sua origem, natureza, beleza et., a melhor expressão coral de nossa vida litúrgica de oração dentro da tradição da Igreja e pelo incentivo do magistério eclesial. Uso do vernáculo: A falta de conhecimento da língua latina das novas gerações e a abertura dada pelo Concílio quanto à adoção do vernáculo na liturgia. (Valor Histórico) Em nossa comunidade, sim, desde a sua origem. (Valor artístico e espiritual) Sim, inclusive as novas vocações. (Método) Temos passado por uma evolução a partir dos cursos de canto promovidos pela CIMBRA, tendo sempre a escola de Solesmes como ponto de referência e tendemos a acompanhar a interpretação através de casstes gravados sob a direção de D. Jean Claire. Cantamos em Gregoriano, diariamente as antífonas do "Benedictus" e do "Magnificat" com o seu respectivo tom salmódico. Os cânticos, em vernáculo. Nossas Laudes e Vésperas, isto é, as antífonas e os tons salmódicos que usamos diariamente, foram compostas pelo Mtro. Marco Aurélio Xavier e exprimem de modo muito feliz os sentimentos suscitados pelo texto das palavras sagradas. Aliás, a competência do Mtro. Xavier tem sido reconhecida pelos participantes de várias semanas de canto a ele confiadas pela CIMBRA.

Mosteiro da Paz, Itapecerica da Serra. A Igreja nos legou este riquíssimo patrimônio que é o Canto Gregoriano, bem definido como a Patrologia musical ou "Patrologia da Oração Cantada", isto é, o Comentário musical da Palavra de Deus. Adotamos o vernáculo na salmodia para melhor assimilação da Palavra de Deus, "ut mens concordat voci nostrae" (R.B. 19). (Valor espiritual) Sim, muito. (Método) Herdamos das monjas antigas os ensinamentos de Dna. Paula Loebenstein O.S.B. e atualmente os estudos de D. E. Cardine O.S.B., graças à tradução portuguesa da Ir. Maria do Redentor. Observamos, em nossa comunidade, que as jovens que chegam apreciam muito o Canto Gregoriano e desejam mantê-lo. Os que frequentam nossa missa aos domingos e festas também reconhecem seus valores artístico, espiritual e contemplativo.

Mosteiro de Maria Mãe de Deus, Caxambú. O número de irmãs da comunidade, dotadas para o canto, é muito pequeno. Em cidade do interior há dificuldades de padres. Não temos missa diariamente. A celebração da Palavra e Comunhão é bem cuidada e nela se cantam também peças do Gradual e do Antifonário. Usa-se o vernáculo por ser um mosteiro do campo, cercado de povo da roça. O Padre que durante quinze anos celebrou para o convento não gostava do Gregoriano. Adotam-se cantos em vernáculo dada a dificuldade do latim para muitas monjas e para facilitar aos hóspedes, - alguns reclamam. (Valor espiritual) Para algumas monjas, sim. (Método) O de Solesmes (D. Gajard) com bastante influência da Semiologia (D. Cardine). Três irmãs já participaram de semanas de canto da CIMBRA.

Mosteiro do Salvador, Salvador. Aos domingos, usa-se do vernáculo dada a presença de povo da periferia, onde se encontra o mosteiro e que forma conosco uma assembléia de louvor. Procuramos cantos escolhidos, que sirvam á comunidade monástica e sejam acessíveis ao povo. Missa quotidiana: alternamos Gregoriano com o vernáculo, por ser a comunidade na maioria jovem. A própria composição da comunidade pede atenção na dosagem de cantos mais próximos da idade e cultura com o Gregoriano, de valor perene. (Valor contemplativo) Sim, sobretudo. Seguimos o método de D. E. Cardine introduzido pela Mè. Redempteur, continuando na medida do possível a sua linha. Dispomos de Graduais Romanos (Solesmes) atuais, um Gradual Triplex, gravações atuais e mais antigas.

Mosteiro de Nossa Senhora da Vitória, São Cristóvão. Cantamos em vernáculo por falta de cultura do povo e para ficar mais compreensível àqueles que não sabem latim. Conforme o que temos ou sabemos, em latim; os textos mais difíceis ou pouco cantados, em português. As noviças são iniciadas no Gregoriano, nos oito modos e cantam-se antífonas e outras peças. (Método) O do Instituto Pio X e o da monja Dna. Paula Loebenstein (foto). Adquiri agora o novo livro de D. Cardine, 1° Ano de Canto Gregoriano. Acho que o esforço no sentido de um incentivo ao Canto Gregoriano é muito louvável; quantos procuram o mosteiro para ouvir Gregoriano! Muitas vezes não cantamos tudo por causa do pequeno número daquelas que sabem e são seguras. Importante notar que as jovens querem aprender e gostam de cantá-lo.

Abadia São Geraldo, São Paulo. Quando só usávamos o vernáculo, justificava-se considerando a possibilidade do povo participar. Pouco a pouco começamos a re-introduzir o Gregoriano pelo gosto da comunidade. Tanto idosos quanto jovens monjes o apreciam sobremaneira. Notamos que os fieis que participam das nossas missas também o apreciam e por isso as frequentam. Usamos basicamente o Método de Solesmes, da Ir. Marie Rose O.P.. Há aulas de latim e de Canto Gregoriano desde o postulado. A tendência é um aumento significativo das peças cantadas em Gregoriano. Quem diz que o povo não gosta, está equivocado. Temos dificuldades humanas (poucos monges, 2 idosos), mas não desistimos de cantar, importa o louvor!

Mosteiro da Anunciação, Goiás Velho. A renovação conciliar insistiu na participação ativa, interior, consciente... também no canto. O dado cultural influi poderosamente na participação e na vivência plena do mistério celebrado. Daí a necessidade, prevista pelo Concílio, da adaptação à cultura da comunidade celebrante. O latim e o Gregoriano são expressões culturais genuínas, porém não são a expressão cultural própria da comunidade celebrante do nosso mosteiro. Optar pela língua e pela linguagem comum a todos é, portanto, uma opção ao mesmo tempo pastoral e teológico-litúrgico-espiritual. É criar as condicões mínimas para a participação. Em nossa experiência, a mesma força espiritual do Canto Gregoriano pode vir também de criações e expressões religiosas da cultura contemplativa, assim como da tradição religiosa brasileira popular. Também nestas tradições encontramos raras pérolas de valor artístico e espiritual-contemplativo. Para guardar o vínculo com a tradição do rito romano, pode ser interessante usar adaptações de algumas peças do Canto Gregoriano na língua do povo. Temos cantado assim o Pai Nosso em português numa melodia gregoriana e ainda uma adaptação do Exultet pascal, feita pelo Pe. Reginaldo Veloso, em português, inclusive com uma possível adaptação a um rítmo brasileiro. Às vezes cantamos uma ou outra antífona mariana, em latim, principalmente a "Salve Regina".

Mosteiro da Transfiguração, Mogi das Cruzes. Iremos introduzir devagar ao menos os hinos das festas do Senhor, de Nossa Senhora e dos santos em gregoriano, quando os postulantes os tiverem aprendido.

Abadia de Santa Cruz, Itaporanga. A prática do canto é prejudicada pela falta de membros. (Método) Tradição da Ordem Cisterciense. Até o dia 14 de fevereiro de 1992, cantávamos a missa conventual cada dia em Gregoriano. No Oficio Divino tínhamos o hino e as antífonas em latim e a salmodia em português, de acordo com os tons cistercienses. Porém, com a morte de nosso cantor e o seguindo estando em tratamento fora de nosso Mosteiro, o ofício passou simplesmente a ser recitado e a missa conventual cantada em vernáculo. Cantamos em Gregoriano somente as antífonas: Sub tuum praesidium; Comemoração de Nossa Senhora nas Vésperas e Salve Regina, à noite. Sugeriríamos que se gravasse peças gregorianas para serem divulgadas para todos aqueles que apreciam música.

Mosteiro de São Bernardo, São José do Rio Pardo. Usamos mais os cantos em vernáculo pois são mais acessíveis, compreensíveis e animados. Contudo, sabemos que temos um patrimônio secular no campo da música coral gregoriana. Quanto ao método, não temos músicos. Temos um que acompanha ao órgão. Fazemos ensaios aos sábados. Aproveitamos muito dos encontros de canto da CIMBRA, assim adotamos a interpretação de D. Cardine.

Mosteiro Nossa Senhora do Novo Mundo, Campo do Tenete. O que ajudaria a nossa comunidade a rezar melhor? O que daria dignidade, reverência, beleza à nossa oração comunitária? Cada semana praticamos os cantos mais difíceis da semana vindoura. Basicamente, o nosso canto segue os princípios espalhados por Solesmes.

Mosteiro Nossa Senhora Medianeira, Ovorá. Não existe veículo mais sublime, mais artístico, mais bonito, mais espiritual para a oração e adoração. Quanto à interpretação, temos princípios próprios da Ordem, bem anteriores a Solesmes. A liturgia conventual é sempre cantada. O canto que nos é próprio é um elemento do patrimônio de nossa Ordem que conservamos desde a nossa origem; nós sabemos que estas melodias são portadoras de interioridade e de sobriedade espiritual.

Mosteiro de Nossa Senhora da Santa Cruz, Santa Cruz do Monte Castela. Temos na comunidade uns membros que desejam a salmodia cantada em português. Dificuldades de ensaios pelo acúmulo de serviço nos dias de semana.

Mosteiro de Nossa Senhora Aparecida, Campo Grande. Canto em vernáculo por razões pastorais. Tem-se grande participação do povo nas missas. Há muitos anos que não há estudo de latim nas escolas. Aliás, toda a aprendizagem, hoje, no Brasil, é fraca. Precisamos montar um esquema de formacão bastante exigente. (Valor histórico) Sim, inclusive o nosso ofício foi composto com as melodias gregorianas. (Valor espiritual) Sim, rítmo simples, meditativo. Algumas de nossas irmãs fizeram o curso de Canto Gregoriano ministrado no Rio de Janeiro. Outras irmãs fizeram estudos na Alemanha e outras na Corea. Cantamos todos os dias as Vésperas. Cantamos diariamente parte das Laudes e Completas. Nosso canto decorre em clima orante e só participado pelos que tomam parte da nossa celebração eucarística, especialmente nas Vésperas.

Instituto de Educação Santa Escolástica, Sorocaba. Somos beneditinas missionárias, tendo como tarefa a animação pastoral da liturgia do povo. Há "música sacra" usando a expressão cultural do povo brasileiro. Das irmãs mais novas, nenhuma sabe o latim, devido ao sistema educacional do país. Reza-se melhor em vernáculo. Mas nossas músicas são adaptações felizes das antigas melodias gregorianas, e assim conservamos o Canto Gregoriano. Consideramos o valor histórico do Canto Gregoriano para a vida religiosa na Europa. No Brasil- América Latina devemos considerá-lo como uma riqueza que vem de outra cultura. Por isso, ele necessita um estudo muito intenso. Não aceitamos de falar de Canto Gregoriano apenas se for executado em latim. O essencial para a melodia não é a língua; muitas das melodias conservamos.

Irmãs Beneditinas Missionárias, Jerônimo Monteiro. Quanto ao uso do vernáculo não se trata de escolha, mas quase de imposição, face às circunstâncias. Não havendo mais estudo de latim em nossas escolas e tendo-se desenvolvido extraordinariamente a atuação das irmãs na pastoral paroquial, houve maior interesse pelo vernáculo. Temos escola e a educação da juventude, o que absorve muito de nosso tempo e de nossas poucas forças. Mesmo assim damo-nos tempo para semanal ensaio para as celebrações cantadas ou rezadas e para o cultivo da liturgia. Especialmente as irmãs de mais idade procuram transmitir esta preciosa tradição às irmãs mais jovens e as irmãs novas aceitam com interesse o ensinamento das mais velhas. Tradicionalmente temos aulas de canto todas as semanas, toda a comunidade. Transmite-se o que se aprendeu, tanto no Gregoriano quanto no vernáculo. Nossa congregação adotou a escola de Solesmes. As melodias para a liturgia das Horas - que usamos integralmente - feitas por uma de nossas irmãs, para uso de nossa Província, baseiam-se no Gregoriano tanto na sucessão melódica, quanto na estrutura (tons e finais).

Colégio Cristo Rei, Presidente Prudente. É com pesar que presenciamos a morte lenta de tão belas melodias.

Colégio Santo Amaro, Rio de Janeiro. (Valor Histórico) Sim e muito. (Valor Espiritual) As irmãs que gostariam de cantar o Gregoriano, sim.Esperamos que um dia desperte na juventude o desejo e o interesse de cantar o Gregoriano.

Irmãs Beneditinas Missionárias, Terra Roxa. Temos ofício próprio cantado em vernáculo, muito bonito e composto por nossas irmãs. Acabou de ser publicado: "Cantate Domini" (ed. Loyola).

Academia Santa Gertrudes, Olinda. As nossas missas são as da paróquia. (Valor espiritual) Consideramos sim. Mas ele não é o único ou indispensável. A contemplação não é limitada pela clausura, pela arte, pelo canto. A contemplação é uma graça de Deus, dado por Ele gratuitamente. A arte louva a Deus. Às vezes as experiencias mostram que certas formas de oração são vividas como tarefas ou deveres e não deixam desabrochar a saudade, o amor, a gratidão... Mas penso se o método for bom, tudo isso não acontecerá. Gostaria de encontrar artistas que fizessem música-Arte de origem da América Latina para que assim pudessemos cantar os salmos.

Colégio Nossa Senhora do Carmo, Recife. Sinto muito, mas é esta a realidade das nossas casas: não desejam o latim. Não posso ir contra a corrente.

 

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