Prof. Dr. A. A. Bispo, Dr. H. Hülskath (editores) e curadoria científica
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N° 18 (1992: 4)


 

1822-1992: 170 anos da Independência do Brasil

Educação musical nas relações culturais II

 

História da pensamento e do ensino musical no Brasil independente

II. Brasil-República

Após 45 anos da Lei Orgânica do Ensino de Canto Orfeônico no Brasil

MATERIAIS PARA A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO MUSICAL NO MUNDO DE LÍNGUA PORTUGUESA (II)

Compêndios de ensino musical em português e de manuscritos para aulas

 

No caderno anterior desta publicação levantou-se a questão da necessidade do estudo da História da Educação Musical em Portugal e no Brasil. Impõe-se, sobretudo, uma reconsideração dos pressupostos históricos do Canto Orfeônico. Na atual situação crítica do ensino da música, torna-se necessário liberar esse conceito de determinada conotação político-cultural a que ficou relacionado e possibilitar nova profundidade histórica à reflexão educativo-musical.

Nesse intuito, sem desmerecer o significado do trabalho pedagógico dos anos 30 ou 40, cumpre recordar que vários conceitos que se prendem aparentemente a um desenvolvimento registrado nessas décadas já tinham sido defendidos anteriormente. Assim, quando Heitor Villa-Lobos acentuou que os fins da educação musical não seriam "os de criar artistas nem teóricos de música, senão cultivar o gosto pela mesma e ensinar a ouvir", ("Conceitos sobre Educação nas Escolas e Conservatórios", Presença de Villa-Lobos, 2, Rio de Janeiro: Museu Villa-Lobos/Fundação Nacional próMemória, 2a. ed., 1982, 1a. ed. 1966, 85-87, 85) utilizou-se de uma concepção generalizada, anteriormente defendida, por exemplo, pelo Barão de Macahubas. (cf. o número anterior desta publicação)

Aliás, o movimento orfeônico dessas décadas estava consciente de que "a História se repete". (cf. Cacilda Guimarães Fróes, "Educação-Civismo-Villa-Lobos", Palestra proferida no VI Ciclo de Palestras, Museu Villa-Lobos, 8/11(1971), Presença de Villa-Lobos,7, Rio de Janeiro; Museu Villa-Lobos/MEC/DAS, 1972, 23-40, 28) Erros de avaliação do seu significado e da suposta prioridade de seus conceitos e métodos são antes característicos de trabalhos recentes, sobretudo publicados no Exterior. Embora várias vezes tenha-se considerado resumidamente o desenvolvimento histórico anterior do Canto Orfeônico no Exterior e no Brasil, sobretudo em S. Paulo e em Pernambuco, (por exemplo Ceição de Barros Barreto, Côro Orfeão, São Paulo 1938, Biblioteca de Educação 28, 25-37); Ana Lamego de Moraes Sarmento, "Canto Orfeônico", palestra proferida em 1942, Presença de Villa-Lobos, 10, Rio de JAneiro 1977, 29-35) faltam estudos que demonstrem a continuidade histórica dos esforços educativos e as características distintivas de diferentes épocas e personalidades. Dado o difícil acesso a publicações específicas e obras pedagógicas do passado, dispersas em bibliotecas e coleções particulares, o presente número dá continuidade à republicação de material representativo de determinadas correntes de pensamento e de métodos.

 

 

 

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