Prof. Dr. A. A. Bispo, Dr. H. Hülskath (editores) e curadoria científica
© 1989 by ISMPS e.V. © Internet-edição 1999 by ISMPS e.V. © 2006 nova edição by ISMPS e.V.
Todos os direitos reservados


»»» impressum -------------- »»» índice geral -------------- »»» www.brasil-europa.eu

N° 16 (1992: 2)


 

"A BELA AMÉRICA DO SUL: VIAGENS NA ARGENTINA, NO BRASIL E NO PERÚ"
DO DR. WILHELM MÜLLER(1928)
DAS SCHÖNE SÜDAMERIKA: REISEN IN ARGENTINIEN, BRASILIEN, CHILE UND PERÚ
(Berlin 1928, 2a. ed.)

Excertos

 


 Auf der Kaffeeplantage im Staate São Paulo
Es gibt nichts Stimmungsvolleres als einen Tropenabend. Hier das Zirpen der Zikaden, dort das nervöse Gekreisch der Papageie, und in der Ferne der klagende Gesang der Neger. Köstliche Abendluft weht auf der Terrasse, eine Luft, wie wir sie nur auf den Anhöhen des Schwarzwaldes oder an den Gestaden des Vierwaldstätter Sees gewohnt sind zu atmen, jedoch gewürzt und geschwängert mit tausend Gerüchen tropischer Blumen. Die Dämmerung mit ihrer geheimnisvollen Stimmung bricht viel rashcer herein als bei uns, das Flöten der Sabiasvögel begleitet in melodischen Klängen das Fächeln der Palmen, das Säuseln der Zedern und das Rauschen der Eukalyptuswälder. (...) Die Welt ist überall ein Paradies, wo die Natur groß und erhaben ist.

Müller, S. 40-41

 

Esta obra, que descreve a América do Sul de forma entusiástica, dedica um capítulo às plantações de café de São Paulo, onde descreve a atmosfera musical de uma noite em fazenda cafeeira:

"Não há nada mais cheio de atmosfera do que uma noite tropical. Aquí o ruído das cigarras, alí a fala nervosa dos papagaios, e ao longe o canto lamentoso dos negros. O mais agradável ar do sereno sopra na varanda, um ar que só se pode respirar nas alturas da Floresta Negra ou às margens do lago Vierwaldstätter See, porém temperado e impregnado com mil odores de flores tropicais. O poente com a sua atmosfera misteriosa cai muito mais rápido do que na Europa, as flautas dos sabiás acompanham em sons melódicos o abanar das palmeiras, o sussurro dos cedros e dos bosques de eucaliptos." (op.cit. 40)

Com o seu relato do carnaval do Rio de Janeiro, essa obra contribuiu para a extraordinária importância que foi dada ao carnaval brasileiro na Europa da primeira metade do século:

"Na Avenida Atlântica vivenciei no dia 12 de fevereiro, à noite, um desfile carnavalesco que não poderia ser mais clássico. Imagine-se uma noite de estrelas maravilhosa, clara, em uma costa de várias milhas de comprimento. O mais puro ar marítimo, suave e agradávelmente fresco, sopra do mar. As mansões das pessoas ricas estão iluminadas festivamente, a noite torna-se dia. Nenhuma cidade do mundo possui uma iluminação de praia como o Rio de Janeiro, a cidade paga para isso, por dia, pelo menos 60000 francos de ouro. // [...] Tudo ocorre sob o signo do bom humor, da beleza, mas também dos bons costumes. Não observei nenhum abuso. As moças rivalizam entre sí com os seus trajes de bom gosto, e poder-se-ia falar de uma Cultura Pura da Graça Feminina. [...] Mas isso não foi suficiente de vida dionisíaca, pois no dia seguinte teve lugar no amável Niteroi, uma pequena cidade-jardim do Rio, no calor ardente do dia, um Carnaval no Mar, o que é para um habitante do norte um extraordinário acontecimento de incomparável encanto. [...]" (op.cit. 54)

 
Sommerabend und Mondnacht in Brasilien

Millionen Insekten tanzen in den Goldfluten der Abendsonne (...). Vögel flöten vereinzelte schwer zu erklärende Töne, Papageienschwärme flattern hastig und kreischend in den Kronen der Eukalyptusbäume hin und her und verführen ein wahres Höllengeschrei. (...)
Ein gewaltiges Naturkonzert von Millionen von Zikaden durchzittert in wunderbarem Rhythmus die Abendluft, Käfer durchschwirren in ungewählten Tausenden das Land, Mückenschwärme tanzen um die Krone eines Baumes, unheimliches Windewehen rauscht in den Wäldern, die Zweige hochstämmiger Palmen fliegen ungeordnet, wie die aufgelösten Haare eines Weibes in der Luft wild umher, und Farben in unendlichen Abstufungen und Tönen lagern über Ferne und Nähe der Erde.

Müller, S. 50

 

zum Index dieser Ausgabe (Nr. 16)/ao indice deste volume (n° 16)
zur Startseite / à página inicial