Prof. Dr. A. A. Bispo, Dr. H. Hülskath (editores) e curadoria
científica
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N° 07 (1990: 5)
Gravações
Missa e Credo para 8 vozes do Pe. João de Deus Castro Lobo pela
Associação de Canto Coral e Camerata Rio de Janeiro. Empire Master
Sound Productions/Belgium 1988/CD. Produzido por Tecval Memories
S.A., Suíça.
Uma das mais significativas gravações de interesse musicológico
dos últimos anos foi a Missa em Ré para 8 vozes em dois coros,
solistas e orquestra do Padre João de Deus Castro Lobo (Vila Rica
1794 - Mariana 1832) pela Associação de Canto Coral, sob a direção
artística de Cleofe Person de Mattos, e pela Camerata Rio de Janeiro,
sob a regência de Henrique Morelenbaum.
A Camerata Rio de Janeiro foi fundada em 1984 no âmbito da Associação
Coral do Rio de Janeiro. Seu objetivo é o cultivo do repertório
da música brasileira dos séculos XVIII e XIX.
A obra gravada foi executada pela primeira vez no Rio de Janeiro,
em 1979, com a orquestra da Rádio MEC sob a regência de Alceu
Bocchino, e coros da Associação de Canto Coral e da Rádio MEC.
Poucas são as fontes documentais a respeito do compositor. As
informações baseiam-se sobretudo em dados fornecidos por D. Oscar
de Oliveira, Arcebispo de Mariana. As obras do Pe. João de Deus
Castro Lobo estão guardadas em vários acervos de Minas Gerais,
entre os quais os de São João del Rei, Diamantina, Mariana, Cássia
e Ouro Preto.
Viagem pelo Brasil: Uma interpretação do universo musical brasileiro
a partir das informações dos viajantes da primeira metade do século
XIX. Anna Maria Kieffer, canto; Gisela Nogueira, viola de arame;
Edelton Gloede, guitarra. Produtor fonográfico: Estúdio Eldorado.
Produção: R. Nanni. Técnico de gravação e editor: Conrado Silva.
Gravado em 1990. LP N° 187.90.0596.
Conteúdo: Pe. José Maurício Nunes Garcia, "Beija a mão que me
condena"; "Canções populares brasileiras" recolhidas por Spix
e Martius em São Paulo, Minas Gerais e na Bahia; "Melodias indígenas"
recolhidas por Spix e Martius ("Dança dos Muras", "Dança dos Purís",
"Dança dos Miranhas", "Dança do Peixe"); "Lundu" recolhido por
Spix e Martius; Anônimo "Marília meu doce bem"; Cândido Inácio
da Silva, "Lá no largo da Sé"; Mussurunga, "Saudades fugi de mim";
Dr. José Maurício Nunes Garcia, "Fora o regresso"; Francisco Manuel
da Silva, "A Marrequinha".
A viola de arame e a guitarra utilizadas na gravação foram construídas
especialmente por Roberto Gomes a partir de instrumentos dos séculos
XVIII e XIX. Texto em encarte de Anna Maria Kiefer e G. Nogueira/E.
Gloeden ("A Guitarra e a Viola de Arame no Brasil").
Esse trabalho "é a tentativa de interpretação do universo musical
brasileiro profano, a partir das informações de viajantes da primeira
metade do século XIX. Amostras sonoras de um período onde convivem
e se misturam o popular e o erudito, o arcaico e o novo, o europeu
e o africano, o indígena..."
O piano brasileiro, século XIX. Belkiss Carneiro de Mendonça.
Vol I e II. Direção de gravação, engenharia de som e montagem:
Otto Drechsler. Corte: Polygran do Brasil. N° 992127 e 992584.
1987
Conteúdo: Henrique Oswald, "Berceuse op. 14 n° 1"; J. Octaviano,
"Segundo Estudo"; Barrozo Netto, "Choro"; Francisco Braga, "Corrupio
(Valsa Capricho)"; Leopoldo Miguez, "Bavardage op. 24 N° 4"; Ernani
Braga, "Tango Brasileiro"; Alexandre Levy, "Alegro appassionato
op. 14"; Paulino Chaves, "Prelúdio e Fuga em ré menor"; Alberto
Nepomuceno, "Thême et variations op. 28"; Furio Franceschini,
"Introducção e fuga sobre a palavra Independência"; Paulo Florence,
"Bluette"; A. Carlos Gomes, "Mazurka"; Glauco Velasquez, "Brutto
sogno"; Alberto Nepomuceno, "Suite antiga op. 11"; Barrozo Netto,
"Variações sobre um thema original"; Luiz Levy, "Tango burlesco";
Luciano Gallet, "Hieroglyfo"; A. Leal de Sá Pereira, "Tango brasileiro";
Henrique Oswald, "Improptu op. 19"; Sílvio Deolindo Fróes; "Danse
nègre"; Fructuoso Vianna, "Prelúdio n° 4".
Comentários de Ronaldo Miranda:
"O título - Piano Brasileiro/Século XIX - refere-se principalmente
à atmosfera musical dos dois discos, pois se todos os compositores
interpretados nasceram no século passado, muitas das obras gravadas
já foram escritas ao início do século XX. Todas as peças, contudo,
têm em comum características que as identificam com a estética
dos anos 800, predominando as referências ao romantismo alemão
e à música francesa, em meio às primeiras tentativas do nacionalismo."
M. A. Reichert (1830-1880), Afinidades brasileiras. Odette Ernest
Dias, flauta; Elza Kazuko Gushikem, piano. Editora Universidade
de Brasília, 1985. Disco lançado como anexo do trabalho de mesmo
título com 24 p. ilust., texto em português e francês (encarte).
Conteúdo: "Souvenir du Pará, Andante élégiaque opus 10"; "Tarentelle,
Étude de salon opus 3"; "Rêverie opus 17"; "La coquette", A Faceira,
"Polka de salon opus 4"; "Martha, Petit morceau de salon opus
18"; "La sensitive, Petite polka de salon opus 8"; "Romance sans
paroles opus 11"; "Souvenir de Bahia", "Andante pastorale opus
12".
A autora da pesquisa e intérprete, Odette Ernest Dias, já apresentou
resultados de investigações nos discos Recital, Sarau Brasileiro
e História da Flauta Brasileira. Segundo ela, o belga Matheus
André Reichert, que chegou ao Brasil em 1859 contratado pelo imperador
Pedro II, "pode ser considerado, junto a Callado, fundador da
escola de flauta brasileira".
Futuros Mestres em Música do Curso de Mestrado em Música da Universidade
Federal do Rio de Janeiro. Edição Especial. O órgão da Escola
de Música. EM UFRJ 008/009.
Patrocínio: Sub-Reitoria de Ensino para Graduados e Pesquisa UFRJ
e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.
Direção de produção, engenharia de som e montagem: Otto Drechsler.
Gravações realizadas em junho-julho de 1989 no Salão Leopoldo
Miguez da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro,
Grande órgão Tamburini de Crema. Intérpretes: Marco Aurélio Lischt,
Alexandre Rachid, Ary Aguiar Jr., José Luís Aquino. Encarte: "O
órgão da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro",
Gertrud Mersiovsky.
O texto foi extraído da tese de doutoramento da autora, onde foi
apresentado o resultado de pesquisa sobre a história do desenvolvimento
do órgão e do estudo comparado dos recursos do órgão Tamburini
da Escola de Música da UFRJ com órgãos franceses e alemães. Constatou-se
que o instrumento é "eclético" nas partes fônicas e técnicas,
com algumas restrições e nítidas influências francesas.
Conteúdo: obras de N. Bruhns, J. Langlais, Ch.M. Widor, J.S.Bach,
M. Dupré, S. Scheidt, M. Reger, F. Mendelssohn-Bartholdy. Compositor
brasileiro representado: Calimério Soares (*1944) com "Tocata
breve" (1980).